Nos últimos dias, circula uma nova carta anónima que relata um alegado esquema de corrupção entre responsáveis políticos do município e elementos da Associação Promotora do Circuito Internacional de Vila Real (APCIVR), assim como empresas ligadas à organização das corridas automóveis.
A denúncia anónima fala em alegados esquemas de corrupção a partir do momento em que a Câmara de Vila Real “assinou um protocolo com uma associação criada para organização do Circuito em 2013”. “Essa associação, de nome Associação Promotora do Circuito de Vila Real, é constituída exclusivamente por pessoas da confiança do presidente da autarquia”, pode ler-se na carta anónima, que aponta para “obras realizadas por ajustes diretos, algumas feitas antes da adjudicação e sem qualquer fiscalização”.
Em comunicado, a autarquia diz que a carta “está recheada de acusações falsas e fantasiosas”, destinada a “denegrir o bom nome de conjunto de responsáveis políticos e administrativos do município de Vila Real, bem como de um conjunto de cidadãos voluntariosos e sem ligações a partidos ou à política, que anualmente organizam o Circuito Internacional de Vila Real”.
Acrescenta ainda que “tudo serve para tentar ganhar vantagem política, mesmo o ataque a uma das mais importantes marcas do nosso concelho. Os do costume, num claro desrespeito por pessoas e famílias, a coberto do anonimato cobarde, inventam histórias e factos dignos de um enredo de telenovela”.
O município “não responderá às invenções fantasiosas, simplesmente porque elas não têm qualquer adesão à realidade. Limitamo-nos, uma vez mais, a lamentar que alguns optem por esta forma de fazer política, porque acreditam que as eleições autárquicas do próximo ano podem ser ganhas mentindo aos cidadãos”, sublinha a autarquia na nota enviada à imprensa, adiantando que “não é coincidência que estas cartas anónimas surjam sempre com momentos políticos importantes. Aliás as cartas anónimas somam-se a campanhas nas redes sociais, a artigos de opinião em jornais e a outras intervenções mais ou menos públicas, mas sempre com os mesmos objetivos mesquinhos”.
A autarquia, liderada pelo socialista Rui Santos, refere ainda que da “parte do município, apenas pode ser manifestado profundo repúdio por esta forma baixa de fazer política, lamentando-se que a falta de escrúpulos e o desequilíbrio de alguns, acabem por afetar um conjunto de cidadãos e as suas famílias, que apenas deveriam merecer o nosso respeito e agradecimento”, frisando que “tal como fez anteriormente, o município “fará chegar a questão às instituições apropriadas”.