Para este responsável, “só em vencimentos estamos a falar de cerca de 15 mil euros por mês, que ficam, quase na totalidade, aqui na vila”.
O problema, admite, é “fixar jovens e atraí-los para os bombeiros”, lembrando que “desde 1950 que a freguesia vem a perder população”.
E se em 2018, a associação aguardava a criação de uma Equipa de Intervenção Permanente (EIP), cinco anos depois são já duas, o que “numa terra pequena como a nossa faz toda a diferença”, refere Paulo Costa, acrescentando que “além de socorrerem a população, os bombeiros, e estas equipas em particular, ajudam a fixar pessoas”.
“É difícil conseguir quem faça voluntariado. Já ninguém faz nada sem receber algo em troca”
Paulo Costa – Presidente
Com cerca de 30 bombeiros, cerca de 12 são voluntários, mas “é difícil conseguir quem faça voluntariado. Já ninguém faz nada sem receber algo em troca”, afirma o presidente, dando conta de que “até para a direção é difícil encontrar pessoas”. E dá um exemplo muito concreto. “Estou aqui há nove anos. Tivemos, recentemente, eleições, e ninguém se chegou à frente. Tivemos de ficar nós outra vez”.
“Isto não é difícil de gerir. É verdade que o dinheiro, muitas vezes, não chega para tudo, mas há que ter prioridades”, admite.
Quanto a reivindicações, Paulo Costa destaca a necessidade de a corporação ser dotada com um PEM (Posto de Emergência Médica). “Somos das poucas corporações do distrito de Bragança sem este posto. Para uma associação como a nossa, com cerca de 30 a 40 ocorrências INEM por mês, o PEM é uma mais-valia”, realçando que “o INEM apoia a aquisição do carro, paga aos tripulantes, assume os encargos com a manutenção do carro e com o seguro.”
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