E foi precisamente de ciência, e do papel da comunicação nesta área, que falou naquela que foi a terceira sessão do ciclo de conferências “5X Ciência às 5”, que decorreu no Espaço Miguel Torga.
Para a docente, a pandemia afetou “imenso” o trabalho da ciência, não só porque “foi necessário continuar a fazer ciência numa altura conturbada e tentar dar respostas rápidas àquilo que era pedido”, mas também porque “era necessário contrariar as fake news, para as pessoas não entrarem em pânico”.
“Foi uma tarefa difícil e que nos fez pensar que não é só em altura de pandemia que devemos comunicar com o cidadão comum”, frisou.
Deu, à sua intervenção, o título de “Comunicar ciência: a inspiração começa aqui” por acreditar ser necessário “começar bem cedo a fazer uma lavagem cerebral no sentido de estimular os nossos jovens a terem mais gosto pela ciência, pela sua comunicação e terem a perceção do quão importante isso é”, explica, acrescentando que “esse é um trabalho que começa nas escolas, com os professores a terem um papel fundamental”.
O ciclo de conferências “5X Ciências às 5” é organizado pelo departamento de Ciências Experimentais do Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus (Vila Real) e, segundo Luísa Sousa, a iniciativa “surgiu da necessidade de termos formação. Queríamos uma formação que fosse ao encontro das nossas necessidades e interesses”.
As sessões começaram por ser creditadas, mas hoje já não são e “este ano têm moldes novos, na medida em que tentamos trazer aqui investigadores e cientistas de renome internacional”, como é o caso de Elvira Fortunato que marcou presença na segunda palestra.
Cinco palestras, às cinco da tarde de quarta-feira, deram o mote para o nome do projeto, “5X Ciência às 5”. Desta vez a plateia era composta só por professores, “mas já tivemos a presença de alunos”, indica Luísa Sousa, acrescentando que “a entrada é livre, por isso, pode vir quem quiser”.