CIM Douro atenta às dificuldades dos viticultores

Esta quinta-feira, o presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) Douro mostrou-se preocupado com a próxima vindima na região, apontando algumas medidas pensadas para o setor.

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Os viticultores do Douro têm dado conta, nos últimos dias, das preocupações que têm relativamente à venda de uvas, até porque não têm onde deixar o fruto.

Luís Machado, presidente da CIM Douro, diz estar “preocupado” com a situação e defende uma planificação antecipada do negócio.

“Estamos atentos, preocupados e disponíveis para estar sempre ao lado dos nossos produtores”, afirma, admitindo ser necessário “mudar um bocadinho para que o futuro da região seja melhor”.

Para o autarca de Santa Marta de Penaguião, “este é um ano difícil”, confessando que “é um contrassenso termos excelentes perspetivas de produção e não querermos ter tanto porque ‘os stocks’ estão cheios”, frisa.

Segundo Luís Machado, o Douro tem um problema de valorização daquilo que produz, nomeadamente o vinho, e defende que a região “tem de ser mais organizada e consolidada”.

Por isso, é da opinião de que a fixação das pipas deve ser feita com mais antecedência. “No meu entendimento, ela deve ser feita, no mínimo, com um ano de antecedência para expandir os ‘stocks’, para dar perceção do que se pode fazer e, principalmente, porque o negócio do vinho e, concretamente do vinho do Porto, tem que ser um negócio previsível”.

De referir que a CIM Douro, composta por 19 municípios, tem vindo a ouvir as associações ligadas ao comércio e à produção e pediu também uma audiência com o ministro da Agricultura.

Notícia desenvolvida na edição de 3 de julho

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