No encontro estiveram representantes da Associação de Produtores de Fumeiro da Terra Fria Barrosã, Cooperativa Agrícola do Barroso, Matadouro Regional do Barroso e dirigentes do INORDE (Instituto de Desenvolvimento Económico de Ourense) e da área agrícola e pecuária da vizinha Espanha. O objetivo passa pela cooperação no sentido de valorizar os produtos do concelho, através da troca de conhecimentos e experiências.
O vice-presidente da câmara municipal, David Teixeira, destacou que "mais uma vez, estamos a tentar cruzar esforços e conhecimentos, sobretudo com o vasto trabalho que o INORDE, da vizinha Galiza, tem feito, para que possamos evoluir. Montalegre tem produtos de qualidade, mas não têm a rentabilidade que merecem e valem. Ficou provado que a batata de semente tem uma rentabilidade maior e que o presunto e o circuito do fumeiro têm métodos de trabalho que podem ser apurados. Quisemos cruzar saberes e promover a modernização dos nossos agricultores. É preciso baixar os custos de produção que nos dificultam a comercialização. O concelho tem de produzir mais e pode fazê-lo. A rentabilidade dos nossos produtos tem de ser maior para que a vida agrícola na montanha continue a ser uma realidade. Viver aqui todos os dias exige um esforço de modernização porque a agricultura dos dias de hoje não é a mesma de há 50 anos".
Da parte da Associação de Produtores de Fumeiro da Terra Fria Barrosa, a reunião revelou-se bastante "importante". "Quando temos alguém que está mais dentro da matéria do que nós e mostra disponibilidade só temos de receber de boa vontade e agradecer. Já fizemos alguns acordos como a análise a alguns produtos e a visita a instalações na vizinha Espanha. Vamos perceber os cruzamentos de raças suínas que possam apresentar a melhor qualidade", disse Boaventura Moura, presidente da Associação.
Já José Manuel Rodriguez, presidente do Instituto de Desenvolvimento Económico de Ourense, interviu dizendo que "se tratou de uma reunião de cooperação. Pretendemos trabalhar em conjunto na área agrícola. Temos laboratórios e campos de ensaio que podemos utilizar amplamente nesta colaboração. É preciso estarmos no terreno para opinar, para coordenar e seguir em frente".
