Boticas, Mondim de Basto, Montalegre e Sabrosa são os concelho do distrito de Vila Real cujas escolas ainda não apresentaram os seus planos de Prevenção e de Emergência. O alerta foi dado no final da apresentação dos Clubes de Protecção Civil, um projecto que pretende “educar para a prevenção”.
Seis das 20 escolas do Ensino Básico dos 2.º e 3.º Ciclos (EB 2,3) e Secundárias do distrito de Vila Real não apresentaram, ainda, os seus Planos de Prevenção e Emergência, advertiu, no dia um, Carlos Silva, Comandante do Centro Distrital de Operações de Socorro.
Segundo o mesmo responsável, o Decreto-Lei que exige a existência dos referidos planos data de 2002, sendo, portanto, “necessário que essas escolas apresentem os seus planos, o mais rapidamente possível”.
Carlos Silva explicou que, no caso das escolas do concelho de Vila Real, apenas a Monsenhor Jerónimo do Amaral entregou já os dois planos, enquanto que as escolas Camilo Castelo Branco e São Pedro estão em falta, no que diz respeito ao Plano de Prevenção.
Vítor Almeida, Presidente do Conselho Executivo da Escola Monsenhor Jerónimo do Amaral, referiu-nos que o Plano de Emergência e Prevenção daquele estabelecimento de ensino foi criado no ano 2000. Para além da caracterização da escola, o documento contém a identificação de riscos (internos e externos), a discriminação dos períodos de maior concentração de pessoas, os equipamentos de primeira intervenção existentes, os meios de alerta, os planos de evacuação e o mapa de acesso de viaturas de bombeiros, entre muitos outros aspectos, a ter em conta no sector da prevenção, em caso de emergência.
O lembrete foi deixado, exactamente, no dia em que foi apresentado, em Vila Real, o “projecto de enriquecimento curricular para os alunos dos 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico que, tutelado pela Autoridade Nacional para a Protecção Civil, consiste na criação de um clube, em cada escola.
Os Clubes de Protecção Civil têm como finalidade desenvolver uma cultura de segurança, educar para a prevenção e promover uma cidadania activa, e como objectivos, “sensibilizar alunos para a protecção civil, conhecer os protagonistas e intervenientes, identificar riscos, adquirir hábitos de segurança e promover atitudes adequadas em emergências”.
António Martinho, Governador Civil de Vila Real, lembrou que “a redução das catástrofes começa na escola. Quando uma catástrofe natural acontece, as crianças estão entre os grupos mais vulneráveis, especialmente aquelas que se encontram na escola”. O mesmo responsável político explicou que há duas preocupações, a ter em conta, a primeira das quais “a educação para a prevenção” e a segunda “a construção dos edifícios escolares”. Ou seja: “se estes estão aptos a resistir aos fenómenos da natureza que podem provocar consequências graves, quer a nível humano, quer a nível material”.
Maria Meireles