“Foram águas de Espanha”, esta foi a razão apontada pelo Comandante interino dos Bombeiros Voluntários de Peso da Régua, Guilhermino Pereira, para a inundação que atingiu os cais da Junqueira e Turístico da cidade, durante a noite de quinta-feira. Os momentos de maior preocupação viveram-se, por volta das 2 horas, quando a subida inesperada das águas fez com que uma loja de artesanato, um café-bar e o acesso à marginal rodoviária, no cais da Régua, fossem alagados, tendo-se registado alguns prejuízos. Os Bombeiros de Peso da Régua, tiveram de rebocar três viaturas que iam ser submergidas. No Cais da Junqueira, um armazém de apoio a actividades náuticas e a zona de lazer foram, igualmente, afectadas. No local, compareceu o Governador Civil de Vila Real, António Martinho, com elementos da Câmara Municipal de Peso da Régua.
Segundo Guilhermino Pereira, “os meus homens estiveram sempre a acompanhar a evolução da situação no terreno e prontos para actuar, caso a situação agudizasse”. Segundo este responsável, não foi a chuva caída na região que deu origem à inundação registada, mas, sim, águas de Espanha”. Porém, fez questão de salientar a falta de informação e as dificuldades que teve, para apurar o volume de caudais da Barragem de Bagaúste.
“Por várias vezes, tentei contactar o Centro de Produção Hidráulica da EDP de Bagaúste e não consegui reunir a informação necessária, para adequar a nossa acção, eventualmente, numa situação de cheia de maiores dimensões”.
As águas do Douro inundaram, durante a noite, também, a marginal do Pinhão. Aqui, alguns proprietários de bares existentes no local, como prevenção, retiraram a tempo os seus haveres.
“Não houve prejuízos de monta, embora toda a noite tivéssemos estado, sempre, em alerta” – disse o Presidente da Junta de Freguesia do Pinhão, Pedro Perry.
Na ajuda às populações, estiveram envolvidos os Bombeiros locais, sendo a situação acompanhada pela Câmara Municipal de Alijó.
Ao fim da tarde do mesmo dia, o rio começou a baixar de caudal, na Régua e no Pinhão.
Jmcardoso