Vila Flor vai implementar um sistema integrado de georreferenciação que identifica pessoas, famílias e grupos em situação de vulnerabilidade social e/ou em risco de pobreza e exclusão social. O projeto, com o nome Radar Social, resulta de uma candidatura do Município à medida RE-C03-I01 – Nova Geração de Equipamentos e Respostas Sociais, no âmbito do Plano de Recuperação Resiliência (PRR).
O projeto foi inserido na recente Unidade Orgânica de Envelhecimento Ativo do Município. “Vão ser identificadas, particularmente, as necessidades das pessoas mais velhas, conhecendo a sua localização e percebendo em que medida é possível intervir para lhes proporcionar mais qualidade de vida e para promover um envelhecimento digno nas suas casas, nas respetivas localidades”, explica a autarquia em comunicado.
A identificação de cada caso que mereça atenção e avaliação resulta de alguns critérios, nomeadamente, pessoas que aparentem viver em situação de isolamento, vítimas de maus tratos e violência, pessoas com dificuldade de realizar as tarefas quotidianas, pessoas que aparentem ter carências alimentares, que vivam em situação de carência económica, que necessitem de cuidados de saúde, aparentem ter problemas de desorientação, debilidade de mobilidade ou dificuldades cognitivas, dependências aditivas, entre outras.
A equipa do Radar Social é composta por duas técnicas superiores: uma socióloga e uma assistente social e foi apresentada nesta sexta-feira, 10 de janeiro, no auditório Miller Guerra do Centro Cultural de Vila Flor. O objetivo da sessão foi auscultar entidades e pessoas do território que atuam na área e/ou estão próximas da população local e, ao mesmo tempo, sensibilizar os munícipes e entidades para a importância de sinalizar as situações de vulnerabilidade existentes, facilitando o trabalho posterior da equipa do Radar Social na sua adequada avaliação, encaminhamento e acompanhamento.
O projeto prevê, consoante as sinalizações e necessidades detetadas, o “encaminhamento dos casos para a rede dos serviços de atendimento e acompanhamento social ou dos parceiros da Rede Social, num trabalho articulado, próximo e prolongado”, pode ler-se na mesmo nota enviada ás redações.
Relativamente à sinalização de situações de vulnerabilidade social e/ou em risco de pobreza e exclusão social no concelho de Vila Flor, “poderão ser feitas por qualquer pessoa ou instituição diretamente junto da equipa Radar Social, instalada no edifício da Biblioteca Municipal, ou através de fichas de sinalização que serão disponibilizadas, em breve, por diversas entidades locais e pelo município, no respetivo site”, explica o comunicado.
