Segunda-feira, 4 de Dezembro de 2023
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Erros ditam derrota

O Vila Real deslocou-se a Ermesinde e averbou mais uma derrota que compromete bastante o futuro da equipa, nesta 3.ª Divisão Nacional. Apesar da boa exibição dos primeiros 45 minutos, erros defensivos levaram os transmontanos a perder três pontos, perante um adversário directo. Maki apresentou duas novidades, no onze inicial: o central Danilo e uma […]

O Vila Real deslocou-se a Ermesinde e averbou mais uma derrota que compromete bastante o futuro da equipa, nesta 3.ª Divisão Nacional. Apesar da boa exibição dos primeiros 45 minutos, erros defensivos levaram os transmontanos a perder três pontos, perante um adversário directo.

Maki apresentou duas novidades, no onze inicial: o central Danilo e uma boa surpresa, vinda do Vila Meã, Maniche, que demonstrou bastante qualidade, no apoio a Ricardo, na frente atacante.

O jogo começou com o Vila Real a pressionar e a incutir muita velocidade no seu ataque. Logo no minuto inicial, Lemos entrou na área, cruzou atrasado, mas Ricardo não acertou na bola. Ainda na sequência do lance, Lemos levantou, para a entrada de Maniche que não conseguiu dar a melhor direcção à bola que acabou por sair, pela linha de fundo.

Aos 3 minutos, foi Ricardo a aproveitar o desentendimento entre os centrais da casa e o seu guarda-redes, mas a bola foi embater no poste. Volvidos poucos minutos, Lemos, de novo, fez a bola sair a rasar o poste. Foi um início fulgurante dos forasteiros que cedo tentavam chegar ao golo.

Ao minuto 20, foi a vez de Maniche colocar à prova os reflexos de Leão. Já na área, ultrapassou, com classe, o seu adversário, rodopiou sobre este e desferiu um potente remate, para grande intervenção de Leão. Ainda na ressaca do lance, a bola foi, de novo, embater no poste, através do remate de Filipe Lemos.

O Ermesinde, surpreendido com o ímpeto atacante dos “alvi-negros”, apenas conseguiu incomodar Vieira, através de um remate perigoso de Quaresma.

Completamente dominado pelos visitantes, o Ermesinde não conseguia levar perigo junto da baliza contrária. Há a registar, apenas, um remate cruzado de Alfredo Quaresma (irmão do carismático Ricardo Quaresma, do F.C. do Porto). Muito pouco, para uma equipa que precisava de pontos, assim como, o seu adversário. Mesmo assim, foi bafejada pela sorte, pois, ao minuto 28’, Igor introduziu a bola na sua própria baliza. Houve um cruzamento para a área e o central, ao tentar aliviar, deu mal na bola e acabou por trair Vieira. Uma autêntica oferta, para os “verde-rubros”.

Os vila-realenses não baixaram os braços e continuaram a dominar e a criar inúmeras ocasiões claras de golo. Até que, finalmente, Ricardo acertou nas redes. Primeiro, houve um grande pontapé de Maniche que Leão defendeu, para a frente. A bola ficou na posse de Ricardo que rematou, para o golo. O guarda-redes da casa ainda tocou no esférico, mas este levava selo de golo. Estava feita alguma justiça no marcador. Ainda antes do intervalo, os visitantes chegaram ao segundo golo. Num livre, superiormente marcado por Filipe, a bola foi para o coração da área, onde Igor saltou mais alto que toda a defensiva da casa e colocou a sua equipa em vantagem. O central redimiu-se, assim, do lance infeliz que deu o golo ao Ermesinde.

Na segunda parte, o jogo inverteu-se: o Vila Real não conseguiu impor o seu futebol, como o tinha explanado nos primeiros 45 minutos e acabou por ficar intranquilo e sofrer dois golos. Um deles, logo nos primeiros minutos, com mais um erro da defensiva. Filipe, com a bola controlada, tentou atrasar para Vieira, mas a bola não levou força suficiente. Paulinho aproveitou, para fazer um “chapéu” a Vieira, empatando o jogo. Numa relva mal tratada e com o piso irregular, o físico imperou, perante a técnica. Muito duros sobre a bola, foram, por várias vezes, castigados os homens mais tecnicistas da equipa transmontana. Quando os vila-realenses tentavam chegar ao golo, já lhes faltava a clarividência dos primeiros 45 minutos. Numa rápida incursão do recém-entrado Pelé que veio trazer maior mobilidade ao ataque caseiro, este colocou a bola em Paulinho que, perante a saída de Vieira, não teve dificuldade em colocar no poste mais distante e fazer o terceiro golo da sua equipa. O segundo da sua conta pessoal, quando decorria o minuto 72.

Mas não foi por aí que os pupilos de Maki perderam o jogo. Têm que culpar-se a si próprios, por não terem concretizado as várias oportunidades criadas no decorrer da 1.ª parte. Esta derrota foi um duro golpe, nas aspirações dos “alvi-negros”.

A equipa de arbitragem, vinda de Braga, fez um bom trabalho.

 

Márcia Fernandes

 

MAKI, treinador do VILA REAL

“A culpa da derrota é nossa”

Desalentado e inconformado com esta derrota, estava Maki, no final da partida:

“Não esperávamos perder este jogo. Estamos numa situação complicada. Cometemos muitos erros que não se podem cometer, em jogos deste nível. Penso que o resultado não é justo, pois fomos superiores ao Ermesinde. Nas várias oportunidades que criámos, só conseguimos marcar dois golos. Eles tiveram duas ofertas nossas que aproveitaram bem. Isso também, não serve de desculpa para explicar a nossa derrota. Há que levantar a cabeça e continuar a trabalhar, para inverter o rumo dos acontecimentos. Vamos tentar conquistar pontos e vitórias que são aquilo de que as equipas precisam. Não basta jogar melhor, é preciso concretizar as oportunidades. Quando tentávamos alcançar o empate, numa perda de bola, a meio-campo, nasceu o golo da vitória do Ermesinde.

A culpa da derrota é inteiramente nossa. Foram muitos os erros cometidos pela equipa. Há que moralizar os jogadores e preparar já o próximo jogo, em casa, com o Moncorvo”.

 

LUÍS FILIPE, treinador do ERMESINDE

“Vitória justa””

Ao contrário, o treinador do Ermesinde estava satisfeito com o resultado que pode garantir índices maiores de confiança à sua equipa:

“A primeira parte foi equilibrada. O Vila Real teve a sorte do jogo e saiu em vantagem para o intervalo. Na segunda parte, reagimos bem e acabámos por ser os justos vencedores. É uma vitória importante, perante um dos nossos adversários directos. Vamos já começar a preparar os próximos jogos, para tentarmos conseguir o nosso objectivo, o mais cedo possível: a manutenção nesta divisão. Não foi fácil vencer esta equipa bem estruturada, mas, na 2.ª parte, estivemos mais próximos daquilo que sabemos fazer e demonstrámos que temos capacidade, para dar a volta a resultados menos favoráveis”.

 

FICHA TÉCNICA

 

Jogo disputado no Estádio dos Sonhos, em Ermesinde.

Árbitro: Pedro Ferreira.

Auxiliares: Nuno Eiras e Eduardo Miranova.

ERMESINDE – Leão; Germano, Bruno Cruz, Paulinho (Azenha, aos 80’) e Alfredo Quaresma (Torres, aos 90+3’); Flávio (Pelé, aos 65’), Cristiano, João e Miguel; Joel e Dani.

Suplentes não utilizados: Isaac, Tiago, Martins e Vitinha.

Treinador: Luís Filipe.

VILA REAL – Vieira; Palmeira (Olivier, aos 79’), Igor, Danilo e Filipe; Vitó (Armindo, aos 64’), Ruben, Lemos e Ricardo; Maniche e Caniggia (Luís Alves, aos 45’).

Suplentes não utilizados: Jorge, Braima, Kalá e Bruno.

Treinador: Maki.

Cartões amarelos: Cristiano (13’), Joel (34’), Flávio (45’), Vitó (57’), Lemos (79’), Miguel (88’), Pelé (90+1’) e Quaresma (90+3’).

Ao intervalo: 1 – 2.

Marcadores – Igor (p.b., aos 27’), Ricardo (39’), Igor (45’) e Paulinho (49’ e 72’).

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