Com uma Equipa de Intervenção Permanente, para o comandante João Sousa era importante ter uma segunda, já que “para todas as situações de proteção civil, são esses elementos que saem na primeira intervenção”, mas considera que “tem de haver boa vontade da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil e da autarquia local”.
‘Este é um quote ao jornal.”
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O recrutamento, apesar de complicado, ainda não é preocupante, mas a formação é a grande dificuldade. “12 estagiárias estão há mais de um ano à espera de formação para tripulantes de ambulância, e o distrito não tem formadores, é inadmissível”, considera João Sousa. “Vêm com vontade” e depois alguns vão embora, “porque não podem integrar a parte operacional” e garante que “já houve bombeiros a desistir”. A AH tem investido na formação dos voluntários, vendo-se obrigada a recorrer a empresas privadas. “A Escola Nacional de Bombeiros, que devia apoiar a formação, não o faz e as instituições têm de pagar a formadores”, sublinha o presidente da Associação Humanitária, Manuel Castanheira, que destaca que praticamente toda a formação nos últimos 10 anos “foi paga pela instituição”. Mesmo representando custos acrescidos houve “uma forte aposta na formação”, nomeadamente de transporte de ambulâncias de socorro, e a corporação tem 12 tripulantes de ambulância e 16 funcionários no total.
Recentemente, os BVCM passaram a ter um Posto de Emergência Médica (PEM) sazonal, e no próximo ano espera-se que seja permanente. É “um reforço importante”, num “concelho grande e em que temos muitas solicitações do CODU, tanto para a nossa área de intervenção, como para a de Valpaços, Murça, Vila Pouca e Chaves, quando estão ocupadas, porque fazemos triangulação com muitos bombeiros”, sublinha João Sousa.
“Andávamos há muitos anos a pedir uma PEM. Recebendo serviço faturamos, não caindo serviço não faturamos e temos salários a pagar”, refere Manuel Castanheira.
A frota está renovada e ainda recentemente foi adquirida uma ambulância de transporte de doentes. “Tem havido todos os anos investimento em veículos e equipamento de proteção para os bombeiros”, destaca o comandante. “O parque de viaturas era muito pequeno quando cheguei. Esta casa cresceu em número de viaturas, pessoas e instalações”, assegura o presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Carrazedo de Montenegro.
O investimento realizado na melhoria das instalações ronda os 500 mil euros, feito em várias fases, desde 2011.
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