Junto à porta do cemitério de Santa Iria, em Vila Real, Fátima Santos está hoje a vender arranjos de flores. Diz-nos que “estão mais caras”, mas nem isso “faz baixar o negócio. Está a vender-me bem”.
“As flores este ano estão mais caras, sobretudo o crisântemo, que é a flor da época. É uma flor que cria muito piolho e os fornecedores dizem que o produto que usam para isso é muito caro”, explica.
Ainda assim, Fátima Santos diz que “já tive aqui clientes de Chaves, de Vila Pouca de Aguiar, de Vidago e de outros sítios, que têm cá familiares e aproveitam para comprar flores para levar para outros cemitérios”.
E em dia de homenagear quem já partiu, Fátima não esquece aqueles que não têm quem zele por eles. “No final do dia, pego nas flores que não vendi, vou pelo cemitério fora e coloco arranjos nas campas que vejo que estão mais pobrezinhas ou que se nota que não têm quem cuide delas. E compro velas, também, e faço o mesmo”, conta, visivelmente emocionada, realçando que “faço isso há mais de 20 anos”.