Qualidade e satisfação, atratividade e retorno económico marcaram a edição de 2019 da Feira do Fumeiro de Montalegre. Assim o comprovam os dados do estudo de avaliação da marca “Fumeiro de Montalegre”, desenvolvido pelo Núcleo de Investigação do ISAG – European Business School (NIDISAG).
No ano passado, este estudo permitiu perceber que 82% dos visitantes gastaram em produtos de fumeiro uma média diária de 92,14€. Contas feitas, foi gerado, no recinto da feira, um volume de negócios de 3,1 milhões de euros, um valor que foi mais além no impacto global na região (alojamento, deslocações, compras e atividades complementares), avaliado em 5,7 milhões de euros.
O estudo comprovou o verdadeiro polo de atração que o evento constitui naquela que é a única região portuguesa classificada como património agrícola mundial, já que 92% dos visitantes afirmaram deslocar-se de propósito para a Feira. De referir que 81,4% dos visitantes chegaram de outros concelhos que não Montalegre e 4,9% do estrangeiro (com França, Espanha e Suíça a destacarem-se).
A importância dada aos produtos da região, cuja diferenciação atrai cada vez mais não só o consumidor individual, mas também os profissionais de restaurantes e hotéis, ficou bem patente nos resultados de 2019. A “qualidade do fumeiro” e a “reputação da feira” foram os mais valorizados entre os motivos para a visita. Quando questionados sobre o local preferencial para adquirir produtos de fumeiro, 29,5% indicaram a compra direta ao produtor e 24% as feiras tradicionais, mostrando clara confiança e interesse nos produtos e vendas locais.
“Nesta edição, vamos aplicar novamente centenas de inquéritos no recinto da Feira do Fumeiro de Montalegre para avaliar o dinamismo do evento em diferentes vertentes”, explica a Professora Ana Borges, do NIDISAG. “Perceber o perfil do visitante, qual o seu nível de satisfação, o que compra, quanto gasta e de que forma reconhece a marca Fumeiro de Montalegre serão alguns dos aspetos avaliados, permitindo perceber a importância da Feira na economia e turismo da região”, acrescenta.
A edição de 2020 (23 a 26 de janeiro) será a segunda vez consecutiva em que a instituição de ensino superior politécnico do Porto vai aplicar este estudo, numa parceira com a Associação de Produtores de Fumeiro da Terra Fria Barrosã.