Vinte anos depois da sua estreia nos Claustros do Governo Civil de Vila Real, e com novo elenco, a Filandorra revisitou o “drama romântico mais importante da literatura dramática europeia” no dizer de Pierre Corvin, e “um dos pontos mais altos de toda a dramaturgia portuguesa”, citando o historiador Luís Francisco Rebelo.
A encenação é de David Carvalho, que assume a intemporalidade do drama garrettiano aproximando a pesquisa e o trabalho de experimentação numa linha próxima dos conceitos enunciados por Maria Almira Soares na obra “Frei Luís de Sousa – um drama psicológico”: «Interessante, fascinante, seria a leitura que soubesse fazer emergir, reconhecível hoje, esta peça; que a tornasse útil como fala, comunicável, atual por isso, significativa sempre, no meio do brilho distanciadamente revivido dos ouropéis materiais e mentais do longínquo século XVII português».
Considerada a obra-prima do teatro romântico português, Frei Luís de Sousa é um drama em três atos cujo tema principal é sem dúvida o da liberdade de amar mesmo contra as convenções sociais da época. Conta-nos a história de um amor forte e verdadeiro entre um homem e uma mulher, e do qual nasce uma filha… No entanto, a mulher já tinha sido casada anteriormente e o marido que fora dado como morto, aparece… As interpretações estiveram a cargo de Débora Ribeiro, Bibiana Mota, Silvano Magalhães, Bruno Pizarro, Rui Moura, Luís Filipe e Sofia Duarte.
Depois da Estreia Nacional para o público em geral, esta nova produção da Filandorra destinada essencialmente ao público escolar, já foi vista por meio milhar de alunos das escolas de Amarante, e dá agora início à digressão por toda a região a partir da realização de Ciclos de Teatro para Escolas.
Frei Luís de Sousa é a 75ª produção da companhia e conta com o apoio da DGartes/ Ministério da Cultura no âmbito do Programa de Apoio Sustentado | Teatro para o biénio 2018/2019.