Um homem, de 25 anos, terá sido alvo de duplo atropelamento e fuga, em Daivões. O embate provocou-lhe vários ferimentos, pelo que teve de ser transportado para o Hospital de Vila Real. Após várias diligências, a GNR conseguiu deter e identificar o responsável pelo acidente. Trata-se de um rapaz, de 18 anos, residente em Agunchos.
O acidente ocorreu, pelas 6.40 horas, na estrada que liga Ribeira de Pena a Cabeceiras de Basto. O ferido, João Ferreira, residente em Daivões, teve alta hospitalar, no Domingo. Ainda combalido, disse do pouco de que ainda se lembra: “Ia trabalhar, para o campo, quando, de um momento para o outro, um carro me apanhou, por detrás das pernas, levantou-me, andei às cambalhotas e caí, no tejadilho. Depois, não me lembro de mais nada”.
Carlos Carvalho, proprietário do Café Figueiredo, foi a única testemunha do acidente: “O carro até nem vinha muito depressa, mas quase circulava no meio da estrada e o João caminhava pela borda da via. O carro, antes, bateu num muro, e, depois, atropelou o João, este ainda caiu por cima da viatura e foi projectado, a cerca de trinta metros, batendo o seu corpo na porta da capela. Fiquei espantado, quando vi o carro que o atropelou a seguir viagem, sem parar”. Contou ainda Carlos Carvalho que “ao pegar no corpo do João, as suas mãos estavam cheias de sangue” e que “o ferido estava desmaiado, na altura. Parecia um pássaro morto”.
A GNR de Ribeira de Pena, ao saber do sucedido, emitiu apelos às unidades militares vizinhas, para a detecção da viatura que viria a ser localizada pela GNR de Cabeceiras de Basto, mas com um irmão do condutor fugitivo ao volante, na zona de Arco de Baúlhe, suspeitando-se que o veículo se dirigia para uma oficina, a fim de os estragos causados pelo atropelamento fossem reparados. O veículo era um Renault Clio, de matrícula holandesa. O jovem que o conduzia, apontado como responsável pelo atropelamento, não tinha carta de condução.
João Ferreira também é natural de Agunchos, mas, até ao fim do dia de ontem, não sabia por quem tinha sido atropelado.
O assunto está sob inquérito da GNR e do Tribunal de Vila Pouca de Aguiar.
Jmcardoso