No final de um encontro de mais de uma hora com a UGT, em Lisboa, Luís Montenegro apontou como seu objetivo na campanha interna “ser o mais esclarecedor possível”.
“Irei a todo o lado onde seja convidado e onde queiram falar comigo, dentro e fora do partido”, afirmou, defendendo que o candidato a líder do PSD é também candidato a primeiro-ministro.
Perante a insistência dos jornalistas se gostaria de falar no Conselho Nacional do PSD, na sexta-feira em Bragança, para o qual o candidato Miguel Pinto Luz já manifestou o desejo de ser convidado, Montenegro manifestou-se disponível, embora não tenha feito qualquer diligência nesse sentido.
“Eu se for convidado pode ter a certeza que vou, mas não é por ser o Conselho Nacional, vou porque quero falar com militantes do partido, sejam conselheiros nacionais, sejam da concelhia de Bragança ou de Estremoz, quero falar com todos”, afirmou, dizendo-se “aberto a todos os convites”.
Questionado se defende a abertura dos cadernos eleitorais a militantes sem as quotas pagas, Montenegro não quis entrar na discussão dos procedimentos concretos, preferindo destacar dois princípios que gostaria de ver na eleição interna: “transparência e participação”.
“Transparência, para que todas as candidaturas estejam em igualdade de tratamento e, por outro lado, que seja facilitada a maior possibilidade de participação que for possível”, defendeu.
Para Montenegro, “quantos mais militantes estiverem em condições de votar melhor”, seja qual for o presidente do partido, mas deixou para os conselheiros nacionais a aprovação de qual será a melhor forma de o fazer.
“Tudo aquilo que possam ser procedimentos que facilitem a eleição, que possam até ser motivadores da participação são os que interessam ao PSD”, disse.
O candidato lançou um duplo apelo neste ponto: “Lanço um apelo aos dirigentes do PSD para que viabilizem, facilitem a participação dos militantes, e um apelo aos militantes para que respondam positivamente a essa chamada”.
“Se afunilarmos a participação interna, teremos um partido mais pequeno e eu quero o contrário, um partido grande”, disse.
Questionado como vê que o presidente do PSD e recandidato ao cargo, Rui Rio, acumule a partir de quarta-feira o cargo com a liderança parlamentar, respondeu de forma telegráfica: “Com naturalidade”.