Sexta-feira, 22 de Setembro de 2023
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Lutar contra a falta de voluntariado

É um problema comum a várias associações de bombeiros. Em Ervedosa do Douro, por exemplo, “vivíamos muito do voluntariado de pessoas mais velhas, mas atualmente as exigências são muitas. Além da burocracia, as habilitações literárias são um entrave”.

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Quem o diz é Alexandra Vilas Boas, presidente da direção, lamentando que, por esse motivo, “temos menos voluntários”. Ainda assim, “tentamos que nada falte à população no que diz respeito ao socorro”, frisa, salientando que “as pessoas dão valor ao nosso trabalho”.

Além da falta de recursos humanos, “também o preço dos combustíveis é um problema e o atraso no pagamento dos serviços prestados, não só por parte dos hospitais, mas também no que tem a ver os incêndios florestais. A ANPC está a pagar agora (julho) o que diz respeito ao ano passado”.

Ainda assim, “herdei uma casa sem dívidas e algo que não abdico é ter as contas em dia para com os bombeiros. Pode faltar para os fornecedores, mas para eles não. São eles que fazem a máquina andar”.

Outro dos problemas tem a ver com os acessos, nomeadamente a Estrada Nacional 222, “que precisa de uma intervenção urgente”, afirma a responsável, destacando, também, os declives.

“É preciso ter uma certa habilidade para percorrer estes trajetos e numa situação de emergência eu dou graças quando eles chegam bem”, confessa. A isto junta-se “o tempo que demoramos a chegar aos hospitais”, algo que piora no verão, “por causa do número elevado de turistas na estrada”. Ao longo do ano, “temos o gelo, no inverno, ou os animais que provocam despistes, como já nos aconteceu”, indica Alexandra.

“Vivíamos muito do voluntariado das pessoas mais velhas, mas atualmente as exigências são muitas”
Alexandra Vilas Boas – Presidente

E sendo, atualmente, a única mulher a liderar uma associação de bombeiros na região, quisemos perceber como está a correr este desafio. Para responder “faltam-me as palavras”, afirma, confessando que “por vezes há o receio de não estar a corresponder às necessidades”, mas “é gratificante quando reconhecem o nosso trabalho. Acho que isso acontece com todos, sejam homens ou mulheres”.

“Há muitas coisas que já foram feitas, mas muitas outras que ainda queremos fazer”, admite. Exemplo disso é que, para breve, a intenção da direção é “ampliar o quartel” e também “dar uma nova vida às antigas instalações, como forma de tirar alguma rentabilidade para a Associação”, até porque “viver só com os apoios do Estado não é suficiente”, frisa Alexandra Vilas Boas.

O objetivo é “dar melhores condições aos bombeiros para que possam dar uma melhor resposta às necessidades da população”, conclui a presidente.


Pode consultar o suplemento dedicado aos bombeiros AQUI

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