“Dia 29 de janeiro terei todo o gosto de me deslocar a Vila Real e estabelecer esse diálogo. É importante que ninguém fique para trás e que nós saibamos auscultar as razões. O senhor diretor geral da Direção-Geral das Artes, doutor Américo Rodrigues, tem estado em diálogo permanente comigo”, afirmou Dalila Rodrigues aos jornalistas.
A 16 de janeiro, atores e diretor da Filandorra vestiram-se de negro e protestaram, em Vila Real, contra a exclusão da companhia de financiamento pelo programa bienal de Apoio Sustentado às Artes, que dizem assentar em erros e irregularidades.
À margem de uma reunião com os autarcas da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Cávado, em Braga, a ministra foi questionada pelos jornalistas sobre este protesto.
“Aproveito para dizer que o Ministério da Cultura garantiu a estabilidade a todas as estruturas que estão a ser apoiadas através da Direção Geral das Artes. Não há um aumento significativo porque estamos, através de novas políticas de Cultura, a valorizar outros equipamentos. Por exemplo, a rede portuguesa de teatros e cineteatros tem uma dotação orçamental de 6,75 milhões de euros, as bibliotecas têm uma dotação orçamental de zero euros”, sublinhou a ministra.
Dalila Rodrigues disse que o Governo quer, até ao fim da legislatura, dotar de biblioteca os cinco municípios do país (dos 308) que ainda não dispõem deste equipamento cultural: Aljezur, Vila Viçosa, Marvão, Terras de Bouro e Calheta, na ilha de São Jorge, Açores.
A ministra iniciou uma série de 22 reuniões, previstas ocorrerem ao longo do ano no país, para “ouvir e auscultar” os presidentes de câmara sobre a vida cultural de cada município, e para propor medidas e parcerias, como transformar a biblioteca municipal em Unidade Cultural de Território, com várias valências.