Domingo, 26 de Janeiro de 2025
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Município diz-se alvo de marginalização

A Câmara Municipal de Mondim de Basto acusa a Administração Regional de Saúde do Norte de não a envolver na discussão sobre a situação da assistência médica no concelho. O autarca, Humberto Cerqueira, lamenta que as populações não tenham sido ouvidas no processo.

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As águas andam turvas entre o Município de Mondim de Basto e ARSNorte quanto ao caso da falta de médicos no concelho, um problema que persiste. Humberto Cerqueira manifestou, ao Nosso Jornal, o seu descontentamento sobre aquilo que ele diz ser “a falta de uma solução que vá de encontro às reais necessidades das populações”. No seu entender, “o Ministério da Saúde optou por uma estratégia de não partilhar nem envolver a Câmara no processo”. “Não tenho contactos, nem sou atendido na ARS Norte. O que posso dizer é que neste momento há apenas quatro médicos para o concelho, o que provoca graves dificuldades para os utentes”.

Das quatro extensões de saúde do concelho de Mondim de Basto, apenas uma funciona com enfermagem e nenhuma têm serviço médico, apesar da edilidade reconhecer que têm todas as condições para os clínicos. Contudo, com esta a falta de clínicos, o autarca prevê que as coisas piorem ainda mais. “Esta situação poderá agravar-se durante o verão, porque dois dos médicos são um casal e quando tirarem férias ficaremos apenas com dois clínicos durante esse período”. Um facto que o autarca aponta como “principal culpado” o Ministério da Saúde, que “optou por não reforçar o quadro de médicos e não envolver a câmara municipal no processo”, sublinha Humberto Cerqueira.

O autarca fez questão de salientar que era importante ouvir o presidente de Câmara que representa as populações. “Podemos não estar em sintonia, ter até visões diferentes, mas pelo menos ouvir as pessoas, era o mínimo exigido nestas situações. Lamento que nesta situação não tenha sido ouvido”.

Contactamos a ARSNorte sobre este assunto mas até agora ainda não foi dada qualquer explicação.

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