Um em cada dois fumadores morre devido a uma doença provocada pelo tabaco.
Na adolescência, o tabaco é lesivo para a maturação e função pulmonar, contribui para o agravamento da asma e dificulta o seu controlo, a diminuição do rendimento físico, para além do aparecimento de sintomatologia respiratória, como a tosse e a expetoração.
Segundo a OMS (2018), existem 1.1 bilião de fumadores em todo o mundo, provocando anualmente mais de 7 milhões de mortes. Em Portugal, no ano de 2016 morreram 11844 pessoas por doenças causadas pelo consumo de tabaco.
De acordo com a DGS (2014) o consumo de tabaco inicia-se entre os 12 e os 20 anos e é percecionado como de grande risco para a saúde por 51% da população. Os não fumadores são quem apresenta uma maior perceção desse risco. O consumo de tabaco nas camadas mais jovens (15 aos 24 anos) da população nacional era, em 2014, de 234 972 mil indivíduos fumadores, correspondendo a 21.2% da população dessa idade.
Em 2016, cerca de 44% dos jovens entre os 15 e os 24 anos, já tinha consumido tabaco pelo menos uma vez na vida, sendo a idade média do primeiro consumo os 16 anos.
A prevenção do tabagismo nos jovens deve ser uma combinação de várias abordagens. De todas as medidas, o aumento do preço dos produtos do tabaco é aquela que apresenta a maior efetividade, em particular nos adolescentes e nos grupos economicamente mais débeis. A proibição total de publicidade e do patrocínio aos produtos do tabaco, as restrições de fumar em locais fechados e a promoção da cessação tabágica.
Com as orientações da DGS e medidas implementadas, tem-se notado uma diminuição no consumo de tabaco em idades mais jovens, mas um aumento em tabaco aquecido e derivados do tabaco, o que demonstra que as medidas aplicadas não estão a ser eficazes, sendo assim importante, tanto por parte das escolas como por parte da equipa de saúde apostar na sensibilização e formação em saúde sobre o tabagismo.