“Não estamos sozinhos: Jesus, o Vivente, está connosco para sempre. Alegrem-se a Igreja e o mundo, porque hoje as nossas esperanças já não se quebram contra o muro da morte, mas o Senhor abriu-nos uma ponte para a vida”, disse, desde a varanda central da Basílica de São Pedro.
“Páscoa significa ‘passagem’, porque, em Jesus, se realizou a passagem decisiva da humanidade, ou seja, a passagem da morte à vida, do pecado à graça, do medo à confiança, da desolação à comunhão. Nele, Senhor do tempo e da história, quero, com o coração repleto de alegria, dizer a todos: Boa Páscoa! A todos!”, disse Francisco, no início da sua mensagem, que leu sentado.
O Papa deixou uma palavra particular para os doentes e os pobres, os idosos e quantos atravessam momentos de provação e dificuldade, desejando que esta Páscoa seja para eles “uma passagem da tribulação à consolação”.
Francisco presidiu à missa do Domingo de Páscoa, na Praça de São Pedro, com a participação de dezenas de milhares de pessoas.
“Cristo ressuscitou, ressuscitou verdadeiramente: como se proclama nas Igrejas do Oriente. O termo verdadeiramente diz-nos que a esperança não é uma ilusão, é verdade! E que, a partir da Páscoa, o caminho da humanidade assinalado pela esperança é percorrido com passo mais rápido”, apontou.
O Papa evocou o exemplo das primeiras testemunhas da Ressurreição, que aceleram o passo, em “corrida”, porque “a humanidade vê a meta do seu percurso, o sentido do seu destino, Jesus Cristo, e é chamada a apressar-se ao encontro dele, esperança do mundo”.
“Apressemo-nos, também nós, a crescer num caminho de confiança recíproca: confiança entre as pessoas, entre os povos e as nações. Deixemo-nos surpreender pelo anúncio feliz da Páscoa, pela luz que ilumina as trevas e obscuridades em que demasiadas vezes se encontra envolvido o mundo”, apelou.
A bênção ‘urbi et orbi’ foi precedida pela execução dos hinos do Vaticano e da Itália, pelas bandas da Gendarmaria Pontifícia e dos Carabinieri, com as saudações militares da Guarda Suíça e das Forças Armadas italianas.
Na cerimónia foi anunciada a concessão de indulgência, pelo cardeal James Michael Harvey, arcipreste da Basílica de São Paulo fora de muros.
A Praça está decorada com 40 mil flores que chegaram dos Países Baixos, uma tradição que começou no pontificado de São João Paulo II.