Em conferência de imprensa no Infarmed, Graças Freitas afirmou que o “plano de vacinação é ajustado para garantir que todas as pessoas são vacinadas com a vacina que protege”. A diretora-geral da Saúde garante que as reações adversas são “extremamente raras” e que o intervalo entre tomas da vacina é grande, permitindo “informação adicional”.
Esta decisão vem após a “possível ligação” entre a toma da vacina em questão (de nome Vaxzevria) e a formação de coágulos sanguíneos ser “plausível”, segundo informações da Agência Europeia de Medicamentos e a Organização Mundial de Saúde.
A responsável da DGS alerta para sintomas de risco entre sete a 14 dias após a administração da vacina, como “dores de cabeça persistentes, hematomas, manchas vermelhas na pele e sintomias semelhantes a um a AVC”. No entanto, apela às pessoas que se “mantenham tranquilas e confiantes”.
Países como a França, a Alemanha e a Suécia já delimitaram restrições por questões de segurança. Cada país proíbe a administração da vacina a pessoas de idades inferiores a, respetivamente, 55, 60 e 65 anos.
Na reunião também marcaram presença o vice-almirante Henrique Gouveia e Melo da task force e o presidente Rui Ivo da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed). Ambas as regiões autónomas portuguesas, Madeira e Açores, já anunciaram que irão acatar a recomendação da DGS.
Dois milhões de vacinas
A task force, liderada pelo vice-almirante Henrique Gouveia e Melo, anunciou ontem que já foram administradas, em Portugal, dois milhões de vacinas, que representam 15% da população com uma inoculação e 6% com a segunda.
O responsável da task force afirma ainda que existem “1,9 milhões de doses para inocular” ao longo deste mês, que garante serem “seguras e eficazes”. Justifica a não-opção de escolha de vacina por parte do cidadão como um processo “muito complexo, injusto” e que “poderia perturbar o plano”.
Caso se confirmem as aquisições previstas, Portugal espera possuir 8,8 milhões de doses no segundo trimestre deste ano.