O Agrupamento de Escolas Morgado de Mateus, tal como o conhecemos, surgiu em 2012, ainda que a sua história remonte à década de 80. Composto por nove estabelecimentos, dá resposta a todos os níveis de ensino, desde o pré-escolar ao secundário, num total de quase dois mil alunos.
Aqui, o mais importante é “ajudar o aluno a pensar e chegar a conclusões, mostrar-lhes que as coisas não são preto no branco, que o mundo está sempre a evoluir e que apesar de lhes ensinarmos muitas coisas que lhes vão ser úteis no futuro, há outras que vão mudar e eles terão de se adaptar às várias situações”. Quem o diz é Marina Teixeira, diretora do agrupamento, acrescentando que “os nossos professores sabem, e já tivemos formações sobre isso, que a maior parte dos empregos que vão existir daqui a 10 ou 20 anos ainda não existe e os alunos têm de estar preparados para todas as novidades”.
A aposta no ensino profissional tem sido uma aposta ganha. “Hoje em dia, quem frequenta os cursos profissionais não o faz a pensar em sair logo para o mundo do trabalho, havendo muitos alunos que optam por este tipo de ensino para poderem prosseguir estudos”, afirma Marina Teixeira, referindo que “temos o curso de Técnico de Multimédia, o de Técnico de Auxiliar de Saúde e temos também um curso de turismo e de Técnico de Juventude. Todos eles têm cursos equivalentes na UTAD, por exemplo, o que acaba por ser uma mais-valia para o tipo de alunos que temos, com algumas carências económicas, e que assim podem prosseguir estudos sem sair da sua zona de residência”.
Questionada sobre a taxa de retenção, a diretora mostra-se “orgulhosa” pelo facto de esta ser “muito pequena”, sinal de que “nos temos adaptado às mudanças na forma de ensinar ao longo dos anos e que temos conseguido e sabido motivar os alunos”.
Além das aulas, há ainda uma série de atividades e projetos pensados para a comunidade escolar, como o Gabinete de Apoio ao Aluno e à Família, o projeto Eureka, “que começou como uma experiência para o 3º ciclo e secundário e, entretanto, já se alargou a outros ciclos”. Por outro lado existe, ainda, o projeto Maia, “que tem a ver com a alteração da avaliação dos alunos, que queremos que seja feita menos em testes e mais em competências e trabalho diário, mas que obriga a algumas mudanças de mentalidades”. Há ainda o projeto ERASMUS+, “onde trabalhamos a inteligência emocional dos alunos, porque acreditamos que isso é importante para terem sucesso, não só enquanto estudantes, mas depois como profissionais”.