“Precisamos que o Ministério das Infraestruturas olhe para este território e, novamente, o ponha no mapa da mobilidade ferroviária. Porquê? Porque temos aqui, a 50 quilómetros, uma estação de alta velocidade espanhola”, disse o socialista que, nas eleições autárquicas de 12 de outubro, foi reeleito para um terceiro e último mandato.
O autarca aproveitou a ida a Chaves, no distrito de Vila Real, do ministro desta tutela, Miguel Pinto Luz, para lhe fazer, uma vez mais, este pedido.
Nuno Vaz referiu que ter uma estação de alta velocidade espanhola a 50 quilómetros de Chaves é “uma oportunidade única” para voltar a estar no mapa da ferrovia nacional.
“Nós precisamos, verdadeiramente, de estar no mapa da ferrovia nacional. Isso é fundamental”, insistiu.
Segundo o autarca, nem que esse seja um pensamento para 10, 20 ou 30 anos, é essencial que se lancem os primeiros estudos para que se possa, depois, concretizar esse objetivo “estruturante, estratégico e fundamental” para este território.
Em sua opinião, esta é uma forma de combater o despovoamento e as assimetrias regionais que, neste momento, são latentes e que vão criar mais estrangulamentos.
A juntar a isto, Nuno Vaz pediu que a Infraestruturas de Portugal (IP) faça a manutenção das três estradas nacionais que atravessam o território, nomeadamente a 2, 203 e 103.
“Temos umas estradas que precisam de repavimentação e manutenção. Não pode acontecer mais como aconteceu neste ano que é estarmos mais três meses sem corte da vegetação com riscos para a circulação e para os seus utilizadores e, portanto, o que nós precisamos é que a IP cumpra a sua missão básica que é manter adequadamente as vias de comunicação”, apontou.
O ministro das Infraestruturas e da Habitação começou hoje, em Chaves, a percorrer a Estrada Nacional 2 (EN2) garantindo que o Governo quer dar mais ênfase e apostar mais nesta.
A iniciativa de Miguel Pinto Luz, que termina na sexta-feira, em Faro, destina-se a obter a “radiografia das infraestruturas das regiões” atravessadas pela estrada turística ao longo de 738 quilómetros.
“A EN2 é importante para o território, é importante para nós criarmos conteúdos e para não sermos um país que só vende turismo, sol e praia, temos mais para vender, nós sabemos disso, temos gastronomia, temos cultura, temos o interior, temos paisagens e há um trabalho que estamos a fazer”, disse.