“Toda esta situação é exemplificativa da forma como a região norte e em particular os concelhos do interior são sistematicamente discriminados e colocados numa segunda linha de atenção”, refere em comunicado, adiantando que os profissionais que trabalham nos lares “estão a atingir um ponto de rutura e saturação que é agudizado pelo sentimento de falta de proteção e muitas vezes a sensação de esquecimento”.
Fernando Queiroga, que é também presidente da câmara de Boticas, não compreende esta opção do Governo, quando os relatórios da Direção Geral de Saúde indicam que é no Norte onde existem mais infetados.
Este responsável lembra que foi o próprio António Costa a anunciar que a realização de testes nos lares seria estendida a todo o país, adiantando a data de 6 de abril como a altura em que o território estaria todo coberto com estas iniciativas. No entanto, até agora, “só foram feitos em concelhos como Lisboa, Aveiro, Évora e Guarda, estendendo-se depois a Portimão e Loulé”, revela o PSP, acrescentando que a data anunciada já foi ultrapassada, mas os testes à COVID-19 nos lares de idosos (a utentes e funcionários) “ainda não chegaram à região norte, precisamente aquela que regista um número mais elevado de pessoas infetadas e onde, naturalmente, o risco de contágio é maior”.
O PSD distrital exige que o Governo “dê um tratamento igual e tenha mais respeito pela região de Trás os Montes e Alto Douro”.