Domingo, 3 de Novembro de 2024
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PSD Montalegre reafirma oposição à exploração mineira

Posição reforçada depois de as recomendações de suspensão ou cancelamento do projeto de exploração de lítio na mina do Romano, em Morgade, assim como na mina do Barroso, em Boticas, terem sido reprovadas na Assembleia da República

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Os projetos de resolução apresentados por BE, Livre, PAN e PCP receberam votos contra do PSD, assim como do PS, CDS/PP e Iniciativa Liberal.

A comissão política concelhia de Montalegre do PSD decidiu reforçar que mantém a sua posição contrária a estes investimentos no concelho, ainda que o voto do PSD nacional tenha sido no sentido oposto.

“A nossa posição continua a mesma: somos contra a exploração mineira no concelho e estamos ao lado da população”, esclarece a estrutura partidária em comunicado.

O PSD Montalegre deixa mesmo um apelo “à resistência contra a exploração mineira”, dirigido quer à população, quer às associações que têm liderado esta luta, pela defesa da biodiversidade e pelo futuro do concelho”.

Por entender que “o futuro assenta na preservação do ambiente e na valorização dos produtos e serviços de excelência (água, fumeiro, carne, paisagem, etnografia, entre outros), reforçados pela classificação como Património Agrícola Mundial”, a concelhia considera que estas características “são incompatíveis com as minas”.

O PSD de Montalegre rejeita ainda que o território seja “uma espécie de ‘coutada’ do Estado, que serve apenas para vender concessões aos privados”, depois de instalações de barragens, parques eólicos, minas e energia solar, que deixam poucas contrapartidas a nível local.

“O concelho tem as mesmas acessibilidades de antes do 25 de abril e recebe pouco mais de 1 milhão de euros das barragens, apesar de ter 15% da capacidade hídrica instalada no país para produzir eletricidade. E a APA ainda não iniciou a elaboração do Plano de Ordenamento da Barragem dos Pisões, mas já aprovou o EIA da Mina do Romano, apesar das falhas graves do mesmo”, argumenta ainda a estrutura presidida por José Moura Rodrigues.

O documento serve, igualmente, para contestamos o apoio da Câmara de Montalegre à reativação da exploração de volfrâmio na Borralha, também em fase de Estudo de Impacto Ambiental, apesar de o LNEG falar em “riscos cancerígenos para a saúde humana”, tendo já passado de 30 anos desde o fecho da mina.

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