Portugal atingiu, na terça-feira, a marca de quatro milhões de vacinas contra a Covid-19, algo que foi possível graças à aceleração do processo de vacinação.
“Foram precisos mais de dois meses para inocular o primeiro milhão de vacinas, 33 dias para o segundo e 19 dias para o terceiro. Agora, chegámos aos quatro milhões em apenas 14 dias. Isto é a prova de que os nossos esforços para proteger o maior número de portugueses no mais curto espaço de tempo estão a surtir efeito”, afirmou, à agência Lusa, Diogo Serras Lopes, secretário de Estado da Saúde.
Segundo o ministério da Saúde, das quatro milhões de vacinas administradas em Portugal, 2,9 milhões dizem respeito à primeira dose e 1,1 milhões a segundas doses.
Com o país a administrar 100 mil vacinas por dia, e na calha de receber, este trimestre, nove milhões de doses, o objetivo passa por ter todas as pessoas com mais de 60 anos vacinadas, até ao final de maio, com pelo menos uma dose. Contudo, há localidades onde já estão a ser vacinados cidadãos na faixa etária dos 50, uma vez que estão a ter dificuldades em encontrar pessoas com mais de 60 anos para serem vacinadas. De acordo com dados da Direção-Geral da Saúde (DGS), relativos a 2 de maio, 25% da população portuguesa já está vacinada com uma dose e 9% está completamente imunizada.
EM TRÁS-OS- -MONTES
.‘É a prova de que os nossos esforços para proteger o maior número de portugueses no mais curto espaço de tempo estão a surtir efeito”
Diogo Serras Lopes
Sec. Estado da Saúde
Miranda do Douro era, à data da última edição, o único concelho da área da abrangência da VTM que não tinha avançado para a nova fase de desconfinamento. Entretanto, na última avaliação semanal, que acontece à quinta-feira, o conselho de ministros decidiu que o concelho podia avançar para a fase seguinte.
Artur Nunes, presidente da autarquia, mostrou-se satisfeito com a decisão por representar “novas oportunidades para a economia do concelho”.
“No sábado já se viam muitos espanhóis a passear pela cidade e os restaurantes estavam praticamente cheios, e os comércios já tinham procura. Esta quarta fase de desconfinamento vai trazer novas oportunidades à economia do concelho”.
Em alerta continua o concelho de Lamego, que apresenta uma taxa de incidência de 281 casos por 100 mil habitantes, quando a fasquia definida pelo Governo é de 240 casos por 100 mil habitantes. A VTM tentou perceber quantos casos ativos tem o concelho, mas a publicação diária do boletim epidemiológico relativo a Lamego foi suspensa, segundo a autarquia, “por orientação expressa da DGS”.
Tentámos perceber, junto da DGS, os motivos que levaram a essa suspensão, quer por telefone quer por email, mas até ao fecho desta edição não obtivemos qualquer resposta.