Está sediado no centro da vila, mas o Agrupamento de Escolas de Alijó (D. Sancho II) agrega nove estabelecimentos de ensino dispersos pelo concelho, desde o pré-escolar até ao ensino secundário. O objetivo principal é “formar bons cidadãos” e está presente em todos os níveis de escolaridade. Para o alcançar, Carlos Peixoto, diretor do agrupamento, considera que é fundamental colocar os alunos em primeiro lugar. “Tudo o que estruturamos e desenvolvemos é a pensar no melhor para os nossos alunos, mas, para além da questão académica, damos prioridade à esfera pessoal e social”.
Preparar cidadãos aptos a responder a desafios, com capacidade para resolverem problemas e adaptarem-se a realidades em constante mudança, é um desafio exigente que se coloca às instituições de ensino.
Mais do que trabalhar o perfil do aluno com base nas competências que a própria escolaridade obrigatória institui, é fundamental “dotar os alunos de competências como a autonomia, a cooperação e outras que, hoje em dia, são requisitos primários nas ofertas de emprego”, sustenta o responsável.
ENSINO REGULAR VS ENSINO PROFISSIONAL
O Agrupamento de Escolas de Alijó dispõe de uma oferta formativa diversificada, desde os cursos científico-humanísticos que abarcam as áreas das Ciências e Tecnologias, Ciências Socioeconómicas, Línguas e Humanidades, até aos cursos profissionais, que se assumem como áreas de atividade com interesse para a região.
Sobre estas modalidades de ensino, Carlos Peixoto diz serem ambas importantes e interessantes. “Se, por um lado, os cursos cientifico-humanísticos preparam essencialmente o aluno para ingressar no ensino superior, um curso profissional permite-lhe enveredar por dois caminhos distintos. No final do 12.º ano está apto para desempenhar uma profissão, ou, se pretender, para ingressar no ensino superior, uma vez que adquire igualmente as competências necessárias, talvez mais direcionadas para o ensino politécnico. No fundo, as modalidades acabam por se complementar”.
Para o diretor, o desafio, neste âmbito, tem sido “desmistificar o preconceito envolta do ensino profissional”.
ERASMUS
São vários os projetos que dinamizam as atividades da Escola D. Sancho II, mas a grande aposta incide sobre o Erasmus+, um programa da União Europeia que atua nos domínios da educação, da formação, da juventude e do desporto. “Estamos a trabalhar com seis projetos Erasmus+ em simultâneo, focados nas mais diversas temáticas, como o cinema, a estatística, diferente modalidade do ensino da matemática, e outras”, explica Carlos Peixoto, sustentando que estas atividades “abrem novas portas aos alunos, permitindo-lhes conhecerem, gradualmente, outras realidades, culturas e formas de ver”, num projeto que abrange parcerias com diferentes países, como a Espanha, Lituânia, Grécia, França e Eslovénia. Devido à Pandemia de Covid-19, a mobilidade encontra-se suspensa, mas os alunos continuam a trabalhar online. Esta é mais uma ação que visa “formar bons cidadãos”, com os “conhecimentos, as aptidões e as competências necessárias numa sociedade que evolui de forma dinâmica e é, cada vez mais, móvel, multicultural e digital”.