“A ideia passa por manter o quartel neste local. Isto porque a tendência dos corpos de bombeiros não é o crescimento, sim a estabilização. E nós não vamos crescer muito mais. Por isso, queremos manter o que temos e o seu nível, se o conseguirmos fazer, é um trabalho excelente”.
O objetivo é apresentar uma candidatura ao Portugal 2030, para obterem financiamento comunitário para requalificar totalmente o quartel. “Com algumas aquisições que estão previstas aqui à volta, em que contamos com a colaboração da Câmara Municipal, o atual quartel irá duplicar o espaço, o que nos permite ficar no centro e perto da população. A ideia é reconverter totalmente o quartel”, sustentou o comandante, adiantando que estão bem servidos ao nível do parque automóvel. “Estamos muito bem serviços com a nossa frota de combate a incêndio, o que precisamos é de gente para ter dentro dos carros, pelo que a minha preocupação é equipar os bombeiros com o melhor que existe”.
“Não sentimos falta de voluntários. Temos uma ligação grande com a comunidade”
Carlos Pereira -Comandante
A maior dificuldade sentida “é nas viaturas de transporte de doentes não urgentes, que têm um desgaste enorme”, acrescenta.
Com duas Equipas de Intervenção Permanente (EIP), a associação humanitária, em conjunto com a CM, fez uma candidatura à terceira, que espera receber luz verde da Autoridade Nacional de Proteção Civil. “Esperamos ver a candidatura aprovada. Será muito bom, porque é muito importante ter uma primeira intervenção profissional e ao segundo. Com as limitações de voluntários, as corporações não podem estar à espera do toque da sirene para juntar voluntários para acudir a um acidente ou incêndio urbano, pois se passam 10 minutos, a casa já ardeu, por exemplo. Hoje, uma sociedade moderna exige que a resposta seja ao minuto e essa resposta tem de ser dada por profissionais, durante as 24 horas do dia, independentemente de continuarmos com o corpo ativo de voluntários, que é muito bom”.
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