O prémio foi instituído pelo município de Vila Real em 2010, como forma de homenagear o escritor António Cabral.
Sobre a obra, a autarquia destaca “o diálogo pessoalíssimo”, com versos que “questionam e desequilibram dominações antigas: o criador sobre a criação, o humano sobre o animal, o homem sobre a mulher”.
Rosa Alice Branco nasceu em Aveiro, em 1950, e conta com 12 livros editados em Portugal, depois de publicar a primeira obra em 1988, “Animais da Terra”. Em 2012 representou Portugal no Poetry Parnassus Festival, em Londres.
Entre as distinções que lhe foram feitas, destacam-se o Prémio Espiral Maior de Poesia, em 2008, com “Gado do Senhor”, e o Prémio de Tradução Internacional da Coletividade de Córsega, em 2013, pela organização e tradução da antologia que intitulou “E se puséssemos azulejos em verso?”.
A par com a atividade literária, Rosa Alice Branco tem um doutoramento em Filosofia Contemporânea, dedica-se profissionalmente à Neuropsicologia da Perceção e à Estética, e é tradutora, investigadora e promotora cultural.
A sessão pública de entrega do Prémio Literário António Cabral realiza-se a 30 de setembro, em Vila Real, sendo que, na sua página de Facebook, a poetisa já agradeceu a distinção, afirmando ser “uma honra receber um prémio com um nome tão representativo da poesia”.
O Prémio Literário António Cabral tem uma periodicidade bienal e o vencedor recebe um valor pecuniário de cinco mil euros. É organizado pelo Grémio Literário A.M. Pires Cabral, com o apoio do município. Em 2021 foi distinguido o poeta Pedro Eiras pelo livro “Inferno” (2020).