O que o motivou ser candidato a Presidente da República?
Motivou-me a convicção de que posso ser útil ao país. Tinha uma vida calma e tranquila, mas resolvi mudar porque o mundo está como está, a Europa também não está brilhante. Portugal tem problemas de estabilidade, de crescimento e de justiça social e acho que, com a grande experiência política que tive ao longo destes anos, posso ter alguma utilidade para o país, se os portugueses assim entenderem, claro. Acho que neste momento devo retribuir ao país aquilo que o país me deu. Daí a minha candidatura, não por nenhuma vaidade nem por nenhuma questão de currículo. É pela consciência que tenho de que posso ter alguma utilidade para o país em função da preparação que adquiri ao longo dos anos.
Olhando para os problemas do que afetam o interior, como a perda de população, de que forma pode a figura do presidente da República intervir no sentido de dar mais vida ao interior do país?
O presidente da República não governa nem faz leis, mas tem causas. E uma das causas que eu assumo como essencial é a causa da promoção do interior, da coesão territorial. Escolhi, de resto, um mandatário, o professor Fontaínhas Fernandes, uma pessoa que conhece bem esta realidade. E nesta questão, deixe-me dar conta de que o ensino superior em Portugal foi, talvez, a medida mais importante destes 50 anos de democracia para ajudar a desenvolver o interior de Portugal. Se não fosse a UTAD, provavelmente Vila Real não era a cidade pujante que é hoje. Se não fosse o IPB, Bragança não era, provavelmente, a cidade com solidez, consciência e qualidade que é hoje. Mas como reter talento na região? Criando incentivos fiscais fortes para que empresas e novos investimentos possam investir no interior em vez do litoral. É preciso pôr o sistema fiscal com majorações positivas em favor do interior e acredite que vou fazer desta causa, enquanto presidente da República, uma causa essencial.
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