NOMES PRÓPRIOS: JOÃO E MARIA, OS MAIS FREQUENTES
Depois de um lapso de tempo em que se optou por “novidades” na onomástica, voltaram agora os nomes próprios tradicionais, a maior parte deles revelando as origens judaico-cristãs do nosso povo, como bem se pode inferir dos que lideram a lista de 2018: João é o nome mais escolhido para os rapazes, Maria para as raparigas. O nome Maria repete a liderança feminina de 2017, João ascendeu ao primeiro posto (era terceiro, no ano anterior), substituindo Santiago que baixou para sétimo. Nas raparigas, o pódio deste ano é preenchido, além de Maria, por Ana e Matilde. Outros nomes tradicionais preenchem o “Top Ten” (Leonor, Beatriz, Carolina), para além de designativos mais “modernos” (Lara, Diana, Letícia), num ramalhete completado por Clara. Nos rapazes, lidera João, seguido por Francisco (que subiu, em relação a anos anteriores) e Pedro, no terceiro patamar do pódio. No “top ten”, realçam-se os nomes de Apóstolos de Cristo (Lucas e Tiago) o que não deixa de ser significativo quanto à influência do Cristianismo também nesta situação. José, Afonso, Rodrigo, Santiago e Miguel completam o lote masculino.
Dos nomes próprios passemos aos apelidos, a intenção deste trabalho de investigação.
APELIDOS: DOMÍNIO TOTAL DOS SILVAS
As referências que fazemos à existência de apelidos mais abundantes nos nomes de portugueses não têm nada de oficial. É um trabalho exclusivamente produzido por nós, através de uma intensa busca pelas páginas de jornais, desde os seus colaboradores, cronistas, leitores que escrevem cartas às redações ou, mesmo, num significativo referencial, nos espaços sociais, nomeadamente na necrologia. Esta recolha foi feita de 1 de janeiro a 15 de dezembro de 2018, dia a dia, apontando os apelidos de pessoas, um a um, por ordem alfabética. Organizados em grupos, foi determinada uma classificação, a qual revelou serem três os apelidos dominantes em Portugal, com larga vantagem do nome Silva sobre os apelidos Sousa, no segundo lugar; e Santos, no terceiro.
Não deixa de ser interessante verificar que, neste “Top Ten” se encontram apelidos de figuras públicas bem conhecidas (nomeadamente presidentes da República, primeiros-ministros e outros políticos de envergadura): Cavaco SILVA, Marcelo Rebelo de SOUSA, OLIVEIRA Salazar, António COSTA, ALMEIDA SANTOS, Otelo Saraiva de CARVALHO) num sinal de que não é forçoso ter apelidos raros para ocupar lugares de destaque sociopolítico, ao contrário do que aconteceu com os nomes atualmente muito raros de Teófilo Braga, Sidónio Pais, Fragoso Carmona, Higino Craveiro Lopes, Spínola, Ramalho Eanes, nomes atualmente muito raros.
Não deixa de ser curiosa, também, a profusão de apelidos em que entra uma ditongação especial (ei), em “-eiro” ou “-eira”, notória em cinco dos dez apelidos deste “Top Ten”). E a maior parte deles referentes a árvores
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