“Não há razão para entrar em pânico nesta situação, não há necessidade de ter medo, mas é preciso ter muito respeito”, disse Berset sobre o forte ressurgimento no país da variante Delta do novo coronavírus.
O ministro anunciou também a adoção de novas restrições para tentar conter o aumento de infeções, adiantando que será prolongada a obrigatoriedade de uso de máscara e de apresentação do certificado de vacinação e recomendando o teletrabalho.
O anúncio, feito hoje em conferência de imprensa, visa “salvar” a estação do inverno, crucial para a indústria do turismo suíço, muito ligada à hotelaria, restauração e setor de esqui.
O país decidiu ainda proibir a entrada de pessoas não vacinadas que viagem a partir de um país ou região do espaço Schengen considerado “de risco” pelas autoridades suíças, com exceção das cerca de 340.000 pessoas de países vizinhos (Alemanha, França, Itália, Liechtenstein) que trabalham na Suíça todos os dias.
O Conselho Federal quer “prevenir o mais possível a importação da variante” Ómicron da covid-19, que já foi detetada no país, mas ainda de forma muito esporádica.
“Todas as [outras] pessoas que entrarem no território, inclusivamente as vacinadas e as que tiveram a doença e se curaram, devem ser testadas”, de acordo com as novas regras, que entram em vigor no dia 4 de dezembro.
Além de um teste de PCR feito antes da entrada no país, essas pessoas terão que realizar um segundo teste, PCR ou de antigénio, entre o quarto e o sétimo dia após a sua chegada.
“Este segundo teste visa garantir a deteção de pessoas que foram infetadas mesmo antes de partir ou durante a viagem”, explicou Berset.
A Suíça contabiliza, desde o início da pandemia, cerca de 11.500 mortos por covid-19, entre mais de um milhão de casos, sendo que, nos últimos sete dias, apresenta uma média de quase 8.000 novos infetados por dia, de acordo com dados do site Our World in Data.
A covid-19 já provocou pelo menos 5.233.111 mortes em todo o mundo, entre mais de 263,6 milhões infeções pelo novo coronavírus registadas desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência AFP.
A doença é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.