Salvador Ferreira, diretor do agrupamento, sublinha que “procuramos oferecer aos alunos uma multiplicidade de saídas que lhes permitam encontrar o que desejam e que sejam felizes nas suas opções”.
Há um conjunto de atividades promovidas pelo AEJAC “que procuramos desenvolver para ver se os alunos se interessam mais pela escola e se sentem mais satisfeitos, uma vez que é importante que a escola seja um espaço feliz”, acrescenta.
A nível do ensino profissional, o estabelecimento de ensino tem múltiplas opções, como formação de “Técnico de Gestão de Equipamentos Informáticos”, “Técnico de Multimédia”, “Técnico de Alojamento Hoteleiro”, “Técnico Auxiliar de Farmácia”, “Técnico de Geriatria”, que não foi possível abrir no ano passado, mas “esperamos ter procura este ano, uma vez que o mercado precisa destes profissionais. Infelizmente, os jovens não procuram esta área, em que a taxa de empregabilidade é de 100%”, garante o diretor.
“Procuramos oferecer aos alunos uma multiplicidade de saídas que permitam que eles sejam felizes nas suas opções”
Salvador Ferreira, diretor AEJAC
No próximo ano letivo, a novidade é o curso “Técnico de Logística”, uma área em crescimento, numa aposta do agrupamento, que gostaria de ver mais alunos a optarem pela formação profissional.
“Do universo total, cerca de 10% escolhem o ensino profissional”, referiu Salvador Ferreira, admitindo que gostariam de aumentar, mas não é fácil, já que os alunos optam mais pelo ensino regular e formações mais clássicas, apesar de muitos alunos do profissional optarem por prosseguir os estudos para as universidades”.
ESCOLA BILINGUE
É um agrupamento distinto com Escola Bilingue para surdos, como explicou o diretor. “Temos alunos surdos que são acompanhados por uma equipa de técnicos especializados nesta área. Temos intérpretes e professores de língua gestual e isso ajuda ao sucesso desses alunos especiais, que no final do ensino obrigatório, seguem para a universidade”. Aliás, “já tivemos alunos surdos que fizeram a sua formação académica superior e acabaram por vir para cá estagiar”.
Com o país a receber cada vez mais estrangeiros para trabalhar, no AEJAC também se nota uma maior multiculturalidade. “Os pais vieram para cá trabalhar e trouxeram os filhos que vêm estudar neste agrupamento. É mais fácil a integração de brasileiros, que falam português, os outros é mais difícil, mas é um desafio que temos ultrapassado, até porque os miúdos têm uma boa capacidade de integração e também temos apoios específicos para aprenderem a língua portuguesa”.
“BOM AMBIENTE”
A grande maioria dos professores tem mais de 55 anos. Mas enquanto os mais velhos não se reformarem, os mais novos não têm lugar. “Sei que há escolas com dificuldades em recrutar professores em algumas áreas, mas nós não, até porque somos uma escola com grande centralidade”.
Por norma, “não temos ausências prolongadas de professores desde o princípio do ano, até porque continuamos a ser um agrupamento muito atrativo, é fácil chegar cá”. Além disso, o diretor sublinha o “bom ambiente” que se vive no seio escolar. “As nossas infraestruturas são espetaculares, as quatro escolas do agrupamento são novas e procuramos sempre que a comunidade escolar se sinta bem aqui”.
Com mais de 1.700 alunos, cerca de 200 professores e 100 funcionários, o AEJAC é composto por dois Jardins de Infância (Galafura e Loureiro), dois Centros Escolares (Alagoas e Alameda), pela Escola Básica 2,3 e pela Escola Secundária João Araújo Correia, onde estudam alunos não só do concelho de Peso da Régua, mas também de Mesão Frio e Santa Marta de Penaguião.