Ao longo do parque, são várias as obras de arte, de diferentes artistas, para apreciar, bem como poesia escrita pelo seu mentor, Fernando Pereira, gravada em lousa. Há ainda dois bares, dois lagos, um anfiteatro feito com troncos de eucalipto e uma piscina biológica.
E foi precisamente na piscina que encontrámos Mário Morgado, que veio passar o dia do seu aniversário com a família num espaço que pouco conhecia.
“Ouvi falar e fiquei com algum interesse. Como faço anos, decidimos vir passar este dia aqui, em contacto com a natureza”.
A piscina faz as delícias de miúdos e graúdos. “É excelente, a água vem de uma nascente, não tem qualquer tipo de tratamento e a temperatura é agradável”, afirma.
Sobre o espaço, que visitou pela primeira vez, não poupa nos elogios. “Temos aqui o que a natureza tem de melhor para oferecer e fugimos da cidade por isso mesmo. Aqui é mais fresco, tem bastante sombra, podemos dormir uma soneca depois do almoço (risos) e acabamos por estar mais reservados do barulho e da confusão”.
“Eu diria que este parque se transformou num espaço dedicado às famílias, que podem fazer piqueniques, trazer o cão, a família e passar um dia diferente”, realça Fernando Pereira, responsável pelo espaço.
“Tinha ouvido falar deste espaço e decidimos passar o meu aniversário em contacto com a natureza”
MÁRIO MORGADO
VISITANTE
Além disso, é possível reservar os espaços. “Hoje temos uma festa de aniversário na piscina natural, temos uma despedida de solteiro no tanque e teremos ainda um babyshower, que vai acontecer junto à mesa Fausto”.
PENSAR NO FUTURO
parque Empresa da Cal respira história e cultura. Implementado em cerca de 100 mil metros quadrados, “tem tido um crescimento exponencial”.
Para dar vida a este espaço, Fernando Pereira investiu cerca de meio milhão de euros, entre o parque, as obras, as plantas e as áreas florestais adquiridas. “Para se ter uma ideia, o parque, aqui em baixo (zona visitável), tem à volta de 25 mil metros quadrados. A mais ou menos um quilómetro de distância está colocado o Jesus Cristo humanizado, que representa o meu amor pela Campeã. Daqui até lá adquiri cerca de oito hectares de floresta, de onde retirei, por completo, o pinheiro bravo e introduzi espécies folhosas e resinosas como forma de prevenir os incêndios florestais”.
“Costumo dizer que quando partimos o que fica é a cultura e é essa a minha intenção. O meu maior prazer, aqui no parque, é ver as minhas árvores crescerem porque sei que quando eu morrer elas vão falar por mim”, conclui.
O parque está em constante construção, sendo que, aquando da sua inauguração, o seu “mentor” avançou com a intenção de recuperar as ruínas da fábrica para a construção de um hotel e, mais tarde, instalar bungalows, em harmonia com a natureza, como acontece, aliás, com as casas de banho que, à primeira vista, se confundem com um pequeno armazém para guardar lenha.
O parque da Empresa da Cal pode ser visitado até outubro e razões para o fazer não faltam.