Bragança foi apontada pelo líder do Chega como um dos distritos onde os idosos se sentem mais abandonados num país onde, segundo disse, “há pensionistas a receber pouco mais de 130 euros por mês”.
Ventura afirmou, ainda, que “poucas capitais de distrito existem, em Portugal, tão esquecidas e abandonadas” como esta, onde “há muitas zonas onde nem a rede telemóvel funciona bem, tem os combustíveis mais caros do país e promessas por cumprir como a ligação a Espanha, através da Sanábria”.
“Mas quando há uma crise num outro país qualquer, como aconteceu agora no Afeganistão, têm que ouvir o ministro da Administração Interna dizer que temos recursos financeiros para receber centenas, senão milhares de refugiados em Portugal”, declarou. Para Ventura, “isto é a verdade de um país saloio que gosta de se parecer rico, mas não consegue resolver a pobreza dentro do seu território”.
Enquanto discursava em Bragança, André Ventura pediu à assistência para dar a resposta ao PSD, uma vez que Rui Rio admitiu a possibilidade de estabelecer acordos entre o Chega e o partido social democrata nas Câmaras Municipais, seguindo-se um sucessão de “nãos”, com Ventura a afirmar que o Chega não “está para fazer negociatas de lugares”, papel que apontou ao CDS-PP, “que gosta tanto de ser muleta do PSD em Portugal”.
Ventura criticou a proposta do presidente do PSD, que tem marcado a atualidade nacional e que classificou como “esta obsessão com a transferência do Tribunal Constitucional de Lisboa para Coimbra”.
No momento em que o país atravessa “uma crise gigantesca” devido à pandemia da covid-19, André Ventura criticou que “a grande preocupação do PSD e do parlamento” seja levar o Tribunal Constitucional de Lisboa para Coimbra.
O Chega teve no distrito de Bragança, como salientou, “um dos melhores resultados” a nível nacional nas eleições presidenciais, que Ventura espera que se repita nas autárquicas do dia 26, com Carlos Silvestre como cabeça de lista à Câmara de Bragança, liderada há 24 anos pelo PSD.