37 anos depois, Águeda dá o pontapé de saída da Volta. A Guarda, a cidade mais alta de Portugal, terá o dia de descanso da prova e recebe uma das etapas da Volta, com o tradicional contrarrelógio final a ser corrido em Viseu, durante a Feira de São Mateus.
O suíço Colin Stussi (Team Vorarlberg), vencedor da edição do ano passado, é um dos 119 corredores de 17 equipas, 9 portuguesas e 8 estrangeiras, quatro das quais Pro Team, que alinharão à partida do Prólogo da 85ª Volta a Portugal Continente na Capital da Bicicleta, que tem dez etapas, num total de 1539,2 quilómetros.
Esta será uma edição diferente e marcante pelo facto de a primeira, terceira e quarta etapa terminarem em alto. A tirada inaugural marcar o regresso ao Observatório de Vila Nova (Miranda do Corvo), no terceiro dia será a ascensão à Torre e no dia seguinte, e antes do descanso, o sempre temido final no empedrado da Guarda, cruzado por duas vezes.
A este propósito, diga-se que para além da cidade egitaniense, os finais das etapas de Bragança, Boticas e Paredes, haverá uma primeira passagem pela linha da meta, o que permitirá à caravana fazer o “reconhecimento” dessas chegadas.
A vila do Crato, marcando a passagem pelo Alentejo e Penedono, na sub-região do Douro, são as estreias desta edição. Mítica será a partida de Santarém do interior da antiga Escola Prática de Cavalaria, em Homenagem ao Capitão Salgueiro Maia e aos Heróis do 25 de Abril, com uma chegada ao típico bairro de Marvila, em Lisboa.
Etapas decisivas ou marcantes da Volta: as chegadas ao Observatório de Vila Nova (1ª etapa), Torre (3ª etapa) Guarda (4ª etapa) e Senhora da Graça (9ª etapa), que desde 1978 vai receber pela quadragésima quinta vez a “Portuguesa”, e o contrarrelógio final em Viseu, Cidade Europeia do Desporto 2024, que acolhe pela oitava vez o final da Volta, numa luta contra o cronómetro com início e final da sempre bela Avenida da Europa.
Delmino Pereira, presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, sublinhou que a Volta “é uma prova que honra a história de quase 100 anos. O ciclismo confunde-se com o povo e o território, onde as autarquias são os principais patrocinadores da modalidade. Esta tem o condão de ser um grande veículo das marcas e onde os patrocinadores saem engrandecidos com o ciclismo”.