Segunda-feira, 9 de Dezembro de 2024
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2006 foi o melhor ano da última década

Este ano, ardeu, em Portugal, uma área de pouco mais de 75 mil hectares, uma redução drástica, em relação aos últimos anos, facto que também foi notório, no distrito de Vila Real, onde ardeu uma área de 4.098 hectares, cerca de 29 mil hectares menos do que em 2005. Estes números garantem, ao Governo, “um […]

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Este ano, ardeu, em Portugal, uma área de pouco mais de 75 mil hectares, uma redução drástica, em relação aos últimos anos, facto que também foi notório, no distrito de Vila Real, onde ardeu uma área de 4.098 hectares, cerca de 29 mil hectares menos do que em 2005. Estes números garantem, ao Governo, “um misto de satisfação e de preocupação”.

 

 

Melhorar a logística e as comunicações via rádio são duas das constatações reveladas no balanço de mais uma época de incêndios, no distrito de Vila Real, apresentado, no dia 27, no Governo Civil, contabilizando a destruição, pelas chamas, de 4.098,78 hectares.

Segundo os dados avançados, o concelho que mais sofreu com o flagelo dos incêndios florestais foi o de Valpaços que registou uma área ardida de 1.272 hectares, seguido do de Murça, com 808 hectares danificados.

O concelho de Mesão Frio foi o que menos sofreu com as chamas de verão, contando, apenas, com uma área ardida de pouco mais de 18 hectares, sendo de realçar que a capital de distrito contou com a destruição de 109 hectares de floresta.

António Martinho, Governador Civil de Vila Real, referiu, antes de mais, que “a prioridade à primeira intervenção mostrou-se adequada, havendo incêndios controlados em cerca de 10 minutos”.

Entre outras constatações, António Martinho salientou “a evidência sistemática de ocorrências, no período nocturno, em número demasiadamente elevado”, principalmente em alguns concelhos, sobretudo no mês de Agosto.

Carlos Silva, Comandante Operacional do Distrito de Vila Real, contabilizou que, do total de ocorrências, 30 por cento aconteceu durante a noite, garantindo que essa é uma percentagem que “não foge à normalidade, tendo em conta os números registados, desde 1990”, mas que levou a que fosse intensificado o patrulhamento nocturno.

O Major Carlos Falcão, da Guarda Nacional Republicana (GNR) de Vila Real, explicou que, desde o mês de Janeiro, foram efectuadas sete detenções, por fogo posto, sendo que dois dos detidos continuam em prisão preventiva

Durante o balanço, foi também sublinhado o apoio dado pelo Regimento de Infantaria número 13 de Vila Real que, num total de cerca de 250 militares, acabaram por não intervir, no combate a incêndios, no distrito de Vila Real, mas que prestaram apoio em concelhos como Águeda, Lousã, Mirandela, Arcos de Valdevez e São Pedro do Sul, entre outros, bem como efectivos do Regimento de Infantaria número 19, de Chaves

Como principais constatações do trabalho desenvolvido, por todos os agentes da Protecção Civil, em mais uma época de incêndios florestais de verão, António Martinho realçou a importância de melhorar a logística e as comunicações via rádio.

Já Ascenso Simões, Secretário de Estado da Administração Interna, realçou que o Governo, apesar de satisfeito com a diminuição da área ardida, continua “preocupado, porque muito pouco se alterou, ao nível estrutural. É muito mais difícil fazer uma prevenção estrutural que combater os incêndios”, sublinhou o membro do Governo, lembrando que está em curso um “Plano Nacional de Defesa da Floresta” que pretende conseguir uma média de100 mil hectares de área ardida, em 2012”, sendo de realçar que a média, entre 2001 e 2005, é de quase 225 mil hectares de floresta ardida.

Ascenso Simões adiantou algumas das intenções do Governo, para o próximo ano, como, por exemplo, “uma valorização do papel da GNR, sobretudo do SEPNA”, a continuidade na aposta na primeira intervenção e a melhoria ao nível da logística e das comunicações.

O Secretário de Estado adiantou que, até ao final do ano, será assinado um protocolo com a Federação Distrital de Bombeiros de Vila Real, com o intuito de apoiar a instalação de GPS, nos carros de Bombeiros.

A criação de um regime jurídico para as Associações Humanitárias dos Bombeiros é outra das metas do Governo, para o próximo ano.

 

Maria Meireles

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