Foi eleito em março para presidente da CIP. Como está a correr este novo desafio?
Têm sido tempos muito agitados e muito exigentes, até por razões pouco habituais, como tem sido público nos últimos dias. Logo que entrámos, iniciámos o processo que conduziu à apresentação do Pacto Social. Foi um trabalho intenso e meticuloso que envolveu todas as nossas equipas e uma parte considerável dos nossos associados. Foi um processo colegial muito participado. O nível de exigência só podia, por essa razão, ser elevado. Portugal precisa de mudar de caminho rapidamente e esta equipa partiu para esta empreitada com a noção exata da urgência deste processo. Ou construímos uma economia capaz de criar mais valor acrescentado ou receio que o futuro nos reservará más notícias.
Da visão global que tem como empresário experiente, o que falta à economia portuguesa para ter um crescimento sustentável e não as intermitências que se verificam há vários anos?
Demos saltos relevantes nos últimos 50 anos, é sempre importante ter noção desse caminho. O nível de vida dos portugueses subiu, melhorou, há menos pobreza e mais oportunidades. Penso, no entanto, que não chega. Passámos tantos anos a competir pelo baixo preço que nos convencemos que era a única coisa que sabíamos fazer. Claro que não é verdade. Temos várias empresas competitivas em setores de elevado valor acrescentado e temos de ter mais e mais ainda. Não há magia nenhuma nisto, simplesmente, temos de investir em setores de ponta, já que é aí que está a maior fatia do valor. As nossas universidades formam pessoas de elevada qualidade, o que significa que tendo nós a massa cinzenta é uma questão de os setores público e privado fazerem esse caminho com mais convicção.
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