“Desempenham a missão 365 dias por ano, não temos na emergência médica ninguém a fazer escalas voluntárias”, destaca o comandante dos Bombeiros Voluntários de Valpaços (BVV), Luís Nogueira, que frisa que a própria central telefónica é profissionalizada há já vários anos.
Para o responsável esta vertente da profissionalização é importante “sem dúvida alguma”, “para dar resposta às exigências do dia a dia, situações de acidentes e incêndios, se não tivermos uma resposta rápida e não sairmos quase ao minuto, é complicado fazemos um serviço bem feito”, defendendo que a primeira intervenção deve “ser garantida exclusivamente por profissionais” e a sustentabilidade das operações ter um acréscimo do voluntariado.
A principal preocupação da corporação “é preservar a vida humana e ter capacidade de dar resposta a quem necessita e está em aflição”. Estar o mais rapidamente possível no local e também com o maior profissionalismo são as prioridades, “com a capacitação profissional e técnica que hoje temos ao dispor”, apostando na formação, até porque entende que mais do que nunca “as pessoas não querem saber se são voluntários ou profissionais, querem é o socorro o mais rápido e profissional possível”. O responsável defende ainda que os bombeiros devem ter “uma postura diferente”. “A imagem dos bombeiros na rua tem de ser de credibilidade para que a população se sinta confinante nas mãos de quem o está a socorrer”, sublinha.
Luís Nogueira tem a perceção que a população “vê que os bombeiros sabem o que estão a fazer”, que “há organização, postura de trabalho e eficácia no socorro” e que, por isso, “há mais confiança”.
A maioria do serviço da corporação é a emergência médica pré-hospitalar. “Temos bastante, para um concelho que tem duas corporações de bombeiros”, sendo que a área de intervenção dos BVV abrange 77% do município e cerca de 9500 habitantes do terceiro maior concelho do distrito de Vila Real.
A atividade operacional da corporação “tem vindo a crescer e nos últimos 5 anos aumentou em quase 50%”, quer na área da emergência pré-hospitalar, quer no que diz respeito a outro tipo de socorro, como incêndios.
Por ano, respondem a cerca de 100 incêndios urbanos e 270 rurais, em média, sendo a escassez da água cada vez mais uma preocupação.
Quanto a necessidades da corporação, além da manutenção e reposição de material de desgaste constante, é necessário alargar o espaço para a cobertura de viaturas. Já o quartel recebeu, recentemente, obras de recuperação, suportadas inteiramente pela Associação.
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