Domingo, 16 de Fevereiro de 2025
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A indiferença religiosa (II)

O ser humano é levado a materializar a sua religião e a sacralizar os seus materialismos. Repare-se no que as pessoas vão buscar a Fátima: cura de uma doença, sucesso de um empreendimento, triunfo nos exames, vitória do seu clube, sucesso na vida e nos negócios, emprego, entre outros. Como dizia D. António Ferreira Gomes, bispo do Porto, «para muitos cristãos católicos a religião não tem nada de transcendente».

Só andamos de roda de Deus para termos proveitos materiais. Pouco a pouco, fomos limitando a religião a esta prática materialista e interesseira. Muitos católicos, possivelmente, rezam porque têm interesse em obter coisas de Deus. Sinal claro disto mesmo é que quando há guerra, as igrejas estão cheias de fiéis, que esquecem imediatamente esse caminho logo que regressa a paz ou a abundância, a prosperidade e a riqueza.

O facto de a religião se apresentar como conquistadora e distribuidora de vantagens materiais contribuiu muito para a indiferença religiosa. Alguns perguntarão: mas então Deus não é Pai e não tem prazer em dar coisas? Certamente que tem. Mas abusou-se e abusa-se desta prática, de tal forma que

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