“Fiquei sem fala, quando me apontou a pistola e disse que me matava”. Este foi o temor de Emília Rebelo, mulher do proprietário da Ourivesaria Rebelo, em Armamar, que, pelas 12 horas, foi assaltada, por um grupo de quatro homens, encapuzados.
Ainda pouco refeita do susto que apanhou, contou alguns pormenores do assalto: “Eram três, todos vestidos de preto e só se viam os olhos. Entraram, de rompante, na ourivesaria, um deles apontou-me a pistola e levou-me para o escritório, o mesmo acontecendo ao meu marido. Ainda ouvi um deles dizer: “é tudo para limpar, João!”. E, virando-se para mim, disse: “Isto é preciso”.
Um deles apontava-nos a pistola, os outros despejaram os estojos com anéis, fios, crucifixos e pulseiras em ouro, para um saco preto. Partiram as vitrinas e ainda levaram três bustos, com fios de ouro. Dos dezoito expositores, só um ficou. O resto foi tudo”. Os larápios ainda tentaram fechar Emília Rebelo e Joaquim Rebelo, dentro do cofre do estabelecimento, mas a demora na sua abertura não lhes facilitou a tarefa, pelo que resolveram fechar o casal dentro do escritório. Foram, depois, alguns clientes que assomaram à porta da ourivesaria, situada em pleno centro de Armamar, que ouviram os gritos de Emília Rebelo e lhes abriram a porta.
Joaquim Rebelo, “ligado à arte, desde os 11 anos”, adiantou que o furto “está orçado em cerca de setenta e cinco mil euros. Só duas peças que levaram, em ouro, valiam mais de dois mil e quinhentos euros” – sublinhou.
Ao que apurámos, os larápios faziam-se transportar num Honda Civic, branco, que tinha sido furtado, na zona de Barcelos e que terá estado presente no suposto assalto a uma gasolineira local. Após o furto, o carro, a grande velocidade, seguiu na direcção de Peso da Régua, sendo, até, referenciado, pela GNR de Mesão Frio.
Em Amarante, todavia, as autoridades terão perdido o rasto à viatura.
Jmcardoso