No seguimento da jogada, o guarda-redes bateu a bola para a frente e Marquinhos, de fora de área, rematou com alguma deficiência, a bola ainda tocou no guardião Fábio, resultando daí um pontapé de canto. A partir daqui, o jogo tornou-se incaracterístico, devido ao mau estado do terreno (muito lamacento) com pontapés para o ar caindo num autêntico marasmo, não fora um remate do “meio da rua”, aos 12’, de Veiga fazendo a bola sair um pouco acima do travessão da baliza de Fontinha. Tanto uma como outra equipa jogaram no mesmo sistema, com sinal mais dos lobricenses que tem jogadores mais experientes. Salientamos os atletas Armindo e Marquinhos, numa mistura de veterania e juventude, numa simbiose perfeita de combinação e determinação iam neutralizando o trio de ataque dos homens de Abambres. Mas, foram estes, que ao minuto 23 poderiam ter inaugurado o marcador, Miguel não contava com tanta facilidade da defensiva lobricense e frente a Fontinha deixou que este lhe tirasse a bola dos pés. “Como quem não marca sofre, aconteceu o imprevisto aos 35’. Num cruzamento tenso de Mokas para a área do Abambres, Sandro ao tentar aliviar a bola introduziu-a na sua própria baliza, fazendo um “chapéu” ao seu guarda-redes. Estava feito o primeiro golo dos forasteiros que se adiantavam no marcador antes do apito para intervalo.
No segundo tempo, o professor José Gomes não estava satisfeito com o resultado nem com a produção da sua equipa e fez sair Zé Miguel (defesa) e entrar Barreira, colocando assim mais um homem no sector intermediário, ficando esta zona mais coesa. Quando se pensava que iria surgir o empate, mais uma vez, Mokas num livre em que a bola atravessou todo o meio- -campo abambrino, Marquinhos apareceu no meio dos centrais adversários e desferiu um pontapé bem colocado, fazendo o segundo golo, não dando qualquer hipótese de defesa ao guardião Fábio. Estava feito o 0-2. Depois, começou a “dança” das substituições de ambos os técnicos. Um tentando segurar o resultado e o outro tentava mudar o rumo dos acontecimentos. O Abambres conseguiu chegar à igualdade, mas pelo meio houve erros gravíssimos da arbitragem que acabou por ter influência no resultado. Uma expulsão de Juan, quanto a nós, escusada pois houve faltas com maior gravidade para que se justificasse este tipo de sanção disciplinar. Aos 82’, o Abambres reduz a vantagem através de uma grande penalidade que só existiu na cabeça do juiz da partida. A jogar com mais uma unidade, o Abambres começou a “bombear” a bola para o interior da área dos Lobricenses e Barreira, aos 93’, num gesto perfeito de técnica enviou a bola para longe do alcance de Fontinha, fazendo o golo do empate.
Quanto à arbitragem, António Carvalho teve uma tarde infeliz, com muitos erros que acabaram por ter influência no resultado, prejudicando o Lobrigos.
FICHA TÉCNICA
Jogo Estádio D. Maria de Lurdes Amaral Vila Real
Árbitro: António Carvalho
Auxiliares: Daniel Teixeira e José Pinheiro
Abambres: Fábio, Zé Miguel (Barreira), Lameirão, Sandro, Rapha, Pedro Miguel (cap.), Pedro Venâncio, Miguel, Rafael, Veiga (Coelho), Tiago Pinto.
Suplentes não utilizados: Rui Pedro, Vítor Valente, Paulo e Samuel.
Lobrigos: Fontinha, Manuel Pedro (cap.), Luís Mokas, Daniel, Pedro Sousa, Juan, Nuno (Felícia), Armindo, Marquinhos, Lucas (Vasco), Sapi.
Suplentes não utilizados: Toni, Miguel Ângelo e Fisga.
Cartões Amarelos: Lobrigos: Juan, Manuel Pedro e Sapi; Abambres: Rapha.
Cartões vermelhos: Juan e Armindo