O presidente da freguesia de Gouvães do Douro, António Pinheiro, contou, ao Nosso Jornal, o impasse que está gerado. “O problema é que ainda não temos o Plano de Actividades e Orçamento aprovado, o que nos está a preocupar porque não podemos fazer qualquer obra de vulto. É preciso que a Assembleia o aprove, mas está difícil”. Apesar de terem existido duas reuniões, o certo é não houve consenso. “Houve um plenário em Dezembro, depois fiz uma revisão ao orçamento e pedi outra reunião extraordinária em Janeiro e tornaram a reprovar o Plano com 4 votos contra 3”.
O autarca está ciente que nesta discórdia “está a política”. “Tínhamos quatro pessoas do mesmo partido (PS) mas depois das eleições, o Francisco Machado alinhou para o outro lado (PSD) e agora estamos em minoria.
António Pinheiro considerou que a esta situação está a prejudicar o desenvolvimento da freguesia e apontou um exemplo. “A obra de requalificação do Largo do Pelourinho, que era prioritária, não avança. Espero que isto não fique sempre assim, vou continuar a insistir e espero que se chegue a um consenso”. “Penso que o diálogo ainda é possível porque não podemos continuar assim, tenho as estradas cheias de ervas e não posso fazer uma limpeza, nem tapar os buracos”.
Confrontado com esta situação, o presidente da Assembleia Municipal, Francisco Machado, sustentou que o órgão a que preside “não quer impedir o desenvolvimento da freguesia e nem estão interessados que este impasse continue”, acrescentando porém que “em nome do rigor e da transparência só viabilizará as Contas de 2009 quando as mesmas forem justificadas com facturas para fundamentarem alguns valores registados”. Segundo Francisco Machado, “já foi pedida uma reunião ao Governador Civil do Distrito de Vila Real e tem hoje uma com o presidente da Câmara Municipal de Sabrosa”.