A construção de barragens em Parada, Calvelhe e Rebordãos, no distrito de Bragança, são uma reivindicação de vários anos.
Em Vila Flor, por exemplo, a construção da barragem Redonda das Olgas vai finalmente avançar, após dez anos de espera, motivo pelo qual Pedro Lima, presidente da autarquia, defende a necessidade de acelerar os projetos do regadio.
“As coisas têm que acontecer mais rapidamente. É um grande erro não fazermos este tipo de investimentos, principalmente para termos recursos hídricos armazenados, porque com as alterações climáticas ficamos sem água, como aconteceu em Carrazeda de Ansiães, há dois anos. Depois não há problemas com a pegada ecológica de andarmos com camiões-cisterna a ir buscar água ao rio. Isso, para mim, é que é completamente inaceitável”, frisou, acrescentando que “temos de ter um plano nacional e pô-lo em marcha, para que possamos ter as reservas hídricas necessárias não só para a agricultura, mas também para consumo humano”.
Ainda assim, para este verão, não se esperam grandes problemas com a falta de água na região. Pelo menos foi essa a garantia dada pelo vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA). À margem da inauguração da Reabilitação e Valorização das Ribeiras de Freixiel, em Vila Flor, Pimenta Machado afirmou que “as albufeiras da região transmontana estão com níveis de água bons, quase em pleno armazenamento”.
Contudo, “isso não nos deve tranquilizar”, salienta Pimenta Machado, referindo que “vamos ter, no futuro, menos precipitação e é preciso preparar o território para esta nova realidade”.
O vice-presidente da APA defende “a aposta me sistemas mais eficientes, que reduzam as perdas de água” e admite que, “quando se fala em poupar água, não faz sentido, por exemplo, lavar caixotes do lixo com água potável”.