Apesar de a autarquia ter proibido a realização de queimas e queimadas no concelho durante o Estado de Emergência, o certo é que as ignições continuam a acontecer, o que reduz os meios de socorro para acorrer a outras situações, nomeadamente à pandemia do novo coronavírus.
A situação que se vive atualmente e o facto dos meios de proteção e socorro, nomeadamente os Bombeiros Voluntários de Boticas, “se encontrarem empenhados no combate ao novo coronavírus e no auxílio à população, “faz com que a resposta a este tipo de ocorrências” acarrete vários problemas e preocupações, sobretudo no que diz respeito ao transporte e aglomerado de operacionais, bem como a partilha de material”, disse o autarca, acrescentando que é necessário “ter cuidados redobrados para manter o afastamento e cumprir com as necessárias medidas de segurança, tanto no combate aos incêndios propriamente dito como durante toda a logística associada, algo que, no calor do momento e da necessidade é, por vezes, esquecido”.
Para ultrapassar o problema, Fernando Queiroga apela para que nesta fase crítica e de emergência haja “uma maior contenção para não hipotecar os meios”, lembrando que nesta altura a prioridade é socorrer quem tem sintomas da Covid-19 e não há tempo para andar na floresta a combater estes incêndios. “Quem quiser fazer queimadas que nos diga, se não for agora será depois, para a renovação de pastagens, não tenho dúvidas de que alguns é para isso, mas que evitem”.
Em Boticas continuam a ser realizados os trabalhos de limpeza dos terrenos envolventes às habitações e vias de comunicação.