O Sport Clube Vila Real (SCVR) passou de 3724 sócios para 931. Este é o resultado da nova renumeração de sócios, aprovada em Assembleia Geral do clube, no sábado.
“Foi feita uma atualização para termos uma base de dados mais próxima da realidade e da dimensão do clube, para que se consiga ver qual o verdadeiro número de sócios”, refere André Carvalho, da direção, salientando que “nestes 931 estão os atletas, pelo que, na verdade, o clube tem à volta de 500 associados. É um número muito baixo para um clube como este e para os seus objetivos”.
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Do lado dos sócios, quem esteve na Assembleia Geral concordou com a nova renumeração, considerando, contudo, que, “em alguns casos, beneficiou-se o infrator”. De acordo com um dos sócios, “houve casos de pessoas que deviam dois, três anos de quotas, e até mais, e foi-lhes permitido pagarem 18 meses para ficarem com a situação regularizada”, defendendo que “quem quer realmente ser sócio paga, mesmo que fossem cinco anos de dívidas”.
E defendeu ainda que “sejam dadas algumas regalias aos sócios mais antigos”, dando como exemplo, “à semelhança do que já acontece em outros clubes, os votos dos sócios nas Assembleias valerem mais quanto mais antigo for”.
Esta atualização serviu, também, para “detetar números duplicados”, refere André Carvalho, alguns deles “porque passaram de pais para filhos, por exemplo”. Nesse sentido, foi apresentado um requerimento, aprovado por unanimidade, com vista a alterar os estatutos para que essa transmissão não seja possível e ainda para que, quem quiser continuar a pagar as quotas de um familiar falecido, como forma de homenagem, o faça através de um valor simbólico e com uma numeração especial.
Nesta Assembleia Geral do SCVR foi ainda apresentado o Orçamento e Plano de Atividades, aprovado com 18 votos a favor e 10 abstenções. Com despesas anuais a rondarem os 350 mil euros, André Carvalho admite ser necessário “muito trabalho”, fala num documento “realista” e confessa que o futuro do clube “poderá passar pela constituição de uma SAD”.