Luís Almeida, de 23 anos, estudante de mestrado em gestão na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, apresentou, no dia 20, a sua candidatura à Câmara Municipal de Sabrosa pelo Bloco de Esquerda (BE).
Segundo o candidato, o mais jovem do distrito, o lema da campanha, “Bloco em força por Sabrosa”, retrata bem o objectivo da candidatura: “ser a voz da população”.
Luís Almeida criticou as “cambalhotas políticas” dos seus adversários, considerando que o que se assiste nas autárquicas em Sabrosa é “uma necessidade de poder, independentemente da forma” como o querem obter, referindo-se assim a José Marques, que nas últimas eleições venceu enquanto independente e que agora ‘alinha’ pelo PS, e ao ex-socialista Milcíades Carvalho, agora cabeça-de-lista da coligação PSD-CDS/PP.
Em Sabrosa concorre ainda às próximas eleições autárquicas José Cuevas, pela CDU.
Em relação às ideias do BE para aquele concelho transmontano, o partido defende “políticas adequadas e não projectos megalómanos”, como por exemplo a implementação do Cartão do Idoso, que à semelhança do que acontece noutros concelhos do país, vai apoiar a população mais velha na aquisição de medicamentos. “Grande parte da nossa população tem mais de 60 anos”, lembrou o candidato, sublinhando a importância da medida.
Luís Almeida adiantou já outras propostas como a reforma e a criação de serviços autárquicos de proximidade às populações, o desenvolvimento de soluções concretas para o desenvolvimento económico do município e um maior aproveitamento turístico das suas potencialidades. “Não tem sido dada a devida atenção a este sector”, explicou o candidato propondo, para o desenvolvimento do turismo, a criação de uma “rede dinâmica entre a Câmara Municipal, Juntas de Freguesia, e agentes privados” que poderia resultar na implementação de “três ou quatro postos de turismo” espalhados pelo concelho, onde os visitantes possam adquirir produtos regionais e tomar conhecimento do leque de opções turísticas que têm ao seu dispor.
Apesar de considerar como muito importante para Sabrosa a construção da variante à Auto-estrada 24, o candidato defendeu que, no próximo mandato, não se deve apostar na política do betão tendo em vista o lucro imobiliário. “Deve haver um meio-termo”, explicou.
Querendo “recuperar a confiança das pessoas” e lutar por um “futuro com mais qualidade de vida”, Luís Almeida levantou o véu sobre alguns projectos “mais locais”, como a resolução, o mais rápido possível e em definitivo, dos problemas de abastecimento de água do concelho e a melhoria dos acessos a algumas freguesias, entre outros.
O candidato falou ainda de Gouvinhas, “a freguesia mais esquecida de Sabrosa”, de onde, entre várias problemáticas, destacou os fracos acessos, a necessidade de apoiar a corporação de bombeiros local e a urgência na resolução da questão do lar de idosos que, concluído “há mais de um ano”, ainda não abriu as portas devido a uma dívida ao construtor.