Segunda-feira, 9 de Dezembro de 2024
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Centro Hospitalar investe em novo equipamento

“Dentro de dois ou três meses”, deverá estar à disposição dos utentes um novo equipamento de hemodinâmica, um investimento do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, no seu Serviço de Cardiologia que, apesar do défice de médicos da especialidade, é já considerado um centro de referência. Num investimento de cerca de dois milhões de […]

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“Dentro de dois ou três meses”, deverá estar à disposição dos utentes um novo equipamento de hemodinâmica, um investimento do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro, no seu Serviço de Cardiologia que, apesar do défice de médicos da especialidade, é já considerado um centro de referência.

Num investimento de cerca de dois milhões de euros, o Centro Hospitalar de Trás-os–Montes e Alto Douro (CHTMAD) vai contar, dentro em breve, com “um novo equipamento de hemodinâmica”, confirmou-nos Carlos Vaz, Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar, no dia 25 de Maio, à margem do 3.º Encontro de Enfermagem em Cardiologia que teve como tema central: “O doente crítico de Cardiologia”.

Segundo o mesmo responsável, o equipamento já foi adquirido e deverá estar à disposição dos utentes do Centro Hospitalar dentro de “dois ou três meses”. Uma boa nova para os profissionais da Saúde que trabalham no Serviço de Cardiologia do CHTMAD que, anualmente, recebe uma média entre 500 a 600 utentes.

O Serviço de Cardiologia foi alvo de debate, sobretudo no que diz respeito à actuação dos profissionais da Enfermagem no encontro que, durante dois dias, reuniu dezenas de profissionais da Saúde, na formação e troca de experiências no tratamento de doentes críticos.

“Na Cardiologia, o papel do enfermeiro é fundamental”, explicou Ilídio Moreira, Director do Serviço de Cardiologia do CHTMAD, sublinhando a falta de médicos da especialidade.

“Actualmente, o Centro Hospitalar nem sequer tem médicos suficientes para fazer uma escala normal, de forma a garantir 24 horas de serviço”, adiantou o médico, insistindo na importância do papel das equipas de Enfermagem no trabalho conjunto com os médicos, quer na assistência pré-hospitalar quer no tratamento dos doentes.

No Centro Hospitalar transmontano, existem, apenas, sete médicos cardiologistas. No entanto, Carlos Vaz adiantou, desde logo, que “gostaria de ter, pelo menos, dez, a muito curto prazo”.

“Esse é um problema nacional e não só da região”, garantiu o Administrador do Centro, lamentando que “os poucos que existem preferem os grandes centros urbanos”.

Relativamente à intervenção em doentes com AVC, Carlos Vaz referiu que a adesão ao projecto-piloto da “Via Verde AVC” foi crucial, sendo que, desde Março, altura da instalação do serviço, já foram atendidos, com recurso à Via Verde, 70 doentes.

“O doente crítico – assistência pré-hospitalar”; “O doente crítico no hospital – que desafios?”; e “Os aspectos bioéticos e legais da actuação de enfermagem” foram os temas centrais do Encontro de Enfermagem que, promovido pelo Serviço de Cardiologia do Centro Hospitalar transmontano, contou, ainda, com um segundo dia dedicado a dois “workshops”, em “suporte básico de vida” e “interpretação do traçado electrocardiográfico”.

 

Maria Meireles

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