No congresso vão marcar presença a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, o ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, o secretário de Estado Adjunto e da Saúde, António Lacerda Sales, e o reitor da UTAD, Emídio Gomes.
Isabel Pires, diretora do Departamento de Ciências Veterinárias da UTAD, revelou que “não há uma saúde animal, uma saúde ambiental e uma saúde humana, há sim uma só saúde e só visto neste contexto e vista a doença como um desequilíbrio nesta relação, é que se poder antecipar e lutar contra novas pandemias”.
“Qualquer alteração na relação entre estas três componentes: animal não humano, animal homem e ambiente pode traduzir-se no aparecimento de doenças que podem transformar-se em epidemias, pandemias e ter as consequências que se está a assistir em direto”, sustentou.
Durante os dois dias estarão em debate os “fatores que mudaram as interações entre pessoas, animais e meio ambiente, e que afetarão especificamente a investigação e controlo das doenças zoonóticas no futuro”, explica a UTAD em comunicado, adiantando que serão “abordados cinco tópicos” a começar pelas “mudanças climáticas, infeções emergentes e ameaças à biodiversidade”, depois a “sustentabilidade na produção animal – um desafio na perspetiva de uma só saúde, seguindo-se o “impacto das doenças zoonóticas epidémicas/pandémicas: questões-chave e lições a aprender”.
Serão também debatidas as “doenças emergentes da vida selvagem: ameaças à saúde animal, humana e ambiental” e, por fim, os “sistemas integrados de vigilância de doenças zoonóticas (em medicina humana e medicina veterinária).
O evento decorre no âmbito da presidência portuguesa da União Europeia (UE) e é subordinado ao tema “Uma só saúde: novos conhecimentos e desafios das doenças zoonóticas”.
Segundo a organização, “o maior desafio no futuro é responder ao aparecimento de zoonoses no século XXI”.