Sábado, 22 de Março de 2025
No menu items!

Degradação no apeadeiro de Bagaúste

Quem o viu e quem o vê! Aquele que foi um dos apeadeiros mais concorridos da linha-férrea do Douro está votado à degradação e ao abandono. O imóvel do apeadeiro de Bagaúste, na freguesia de Canelas do Douro, assim como os espaços envolventes, são o exemplo do desmazelo que também é extensivo a outros apeadeiros […]

-PUB-

Quem o viu e quem o vê! Aquele que foi um dos apeadeiros mais concorridos da linha-férrea do Douro está votado à degradação e ao abandono. O imóvel do apeadeiro de Bagaúste, na freguesia de Canelas do Douro, assim como os espaços envolventes, são o exemplo do desmazelo que também é extensivo a outros apeadeiros e estações da via. O seu interior é aproveitado, por marginais, como autêntica latrina e, em redor, os silvados abundam. O risco de derrocada do telhado é um perigo à espreita e o soalho, esse vai sendo arrancado, aos poucos.

Os poucos passageiros da Linha do Douro que ainda utilizam a estação de caminho de ferro de Bagaúste, com paragem obrigatória nos horários oficiais da CP, estão descontentes com as condições de acessibilidade ao edifício. Artur Teixeira, trabalhador agrícola de uma quinta das redondezas e residente em Godim, é um dos queixosos: “À noite não tem, sequer, uma luz. Se chover ou fizer vento, não temos um local para nos abrigar. Isto é uma miséria. Se isto continuar assim, terei de me deslocar noutro transporte”.

Esta insatisfação é comum a outros trabalhadores rurais, hoje os principais utilizadores do apeadeiro. Outrora, centenas de pessoas apanhavam o comboio, no apeadeiro de Bagaúste. Operários dos extintos fornos de silício da Milnorte e os habitantes do “Bairro da Barragem” eram os principais utilizadores.

Tentámos contactar a Rede Ferroviária Nacional, sobre este assunto, mas esta não disponibilizou qualquer informação. É caso para dizer que se lamenta que este apeadeiro não fizesse parte das 103 lixeiras que foram erradicadas do “território” Douro Património Mundial…

 

Jmcardoso

APOIE O NOSSO TRABALHO. APOIE O JORNALISMO DE PROXIMIDADE.

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo regional e de proximidade. O acesso à maioria das notícias da VTM (ainda) é livre, mas não é gratuito, o jornalismo custa dinheiro e exige investimento. Esta contribuição é uma forma de apoiar de forma direta A Voz de Trás-os-Montes e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente e de proximidade, mas não só. É continuar a informar apesar de todas as contingências do confinamento, sem termos parado um único dia.

Contribua com um donativo!

VÍDEO

Mais lidas

ÚLTIMAS NOTÍCIAS